25.08.2015 Views

A BRUXA DO MONTE CÓRDOVA

Untitled - Luso Livros

Untitled - Luso Livros

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

vá fazer fino com palavreado lá para o meio do povo, que lhe vão à pavana!Tome o meu conselho...Frei jacinto muito cosido com a parede, pedindo licenças com a maiorhumildade, chegou até à porta do tribunal, a tempo que pita bezerra descia asescadas entre soldados.Ao verem-no, centuplicaram-se os gritos. Os silvos das mulheres, como os dacobra cascavel, sobrelevavam os rugidos dos tigres, que nada menos sefiguravam aqueles homens recurvando as garras para o cevo da carniça.Pita bezerra, já condenado à morte, chegou ao limiar do pátio com o sangue járepresado no coração. Encostado no alisar da porta estava o frade. Osentenciado, que ali chegara com parecenças de cadáver, encarou no homemda batina.— Sou aquele pobre frade, senhor pita bezerra... — disse frei jacinto dedeus; e, assomando no umbral da porta, disse voltado para o povo: — nãoqueirais manchar vossas mãos puras com o sangue do criminoso. Povovalente, povo magnânimo! Vós destes à justiça a vitória; quebrastes as algemasaos legisladores; deixai agora à justiça a missão de vos vingar.— Que diz o asno? — bradou uma regateira. — fora burro!... —conglobaram-se muitos gritos. — quem vos fala-tomou o fradeimperturbável-é um dos homens inofensivos que este cruel lançou em ferros.Mas não permita deus, nem a liberdade, que os vossos braços conquistaram,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!