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A BRUXA DO MONTE CÓRDOVA

Untitled - Luso Livros

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— Filha, eu devo a deus a mercê de me dar um bom sobrinho comabundantes bens de fortuna. Foi-me grato. Era filho natural do meu irmão.Adotei-o, perfilhei-o, dei-lhe a casa que me viera por sucessão. Hoje diz eleque não é dono, mas sim administrador das minhas terras. Pede-me ele que vápara a sua companhia, e eu, Angélica, peço-te, que venhas também.— Vou... Irei... — murmurou ela. — não vens de vontade, filha? — acudiuo monge inferindo da balbuciação o constrangimento. — diz ao teu amigoque outro intento tinhas?— Nenhum. — mentiste, Angélica! — voltou o frade com severidade. Pôsela as mãos e disse:— Perdoe-me... Eu menti.— Perdoada estás.— A minha vontade era voltar para o convento.— Irás, que vais bem. E o teu filho? Deixar-mo-ás levar...— O meu filho!... — atalhou ela. — pois eu tenho de me separar dele?— Tens: as crianças não são ou não eram dantes admitidas nosconventos... Remediemos, se te parecer bom o meu alvitre. O pequenino estáacabando a sua criação; deixá-lo estar aqui até aos três anos; podes vê-lo todosos dias. Aos quatro anos, se eu ainda viver, tomo conta dele para o mandar

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