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A BRUXA DO MONTE CÓRDOVA

Untitled - Luso Livros

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— Que está aí dizendo, frei jacinto? — interrompeu o sargento. — Osenhor foi quem o mandou alistar-se à terceira?— Não. Abri-lhe as portas do cárcere de um convento... — fez muitobem. Deu um grande soldado à causa da liberdade! O imperador devia dar-lheum prémio, frei jacinto... Mas a triste mulher! ... Saberá ela já?— Vamos agora vê-la — disse o monge — ou dizei-me onde é, que eu ireisozinho.— Não posso acompanhá-lo que tenho revista. Procure-a na torre damarca, numas casas baixas à sua mão direita, como quem vai para umpedregulho que deita sobre a estrada da foz.— Irei perguntando. Fazei-me a graça de avisar os conhecidos de Angélicapara que não lho digam, se ainda é tempo.O monge tinha visto Angélica na igreja de refojos. Lembrava-se das feiçõesque impressionavam aqueles filhos de S. Bento, que se não julgavamjarretados no órgão da admiração artística. Demais disto, Angélica Florindatinha sido dois anos sua confessada e lhe deixara na memória lembranças dasua inocente vida.— Pode ser que eu a reconheça... — ia dizendo entre si o frade, quandoavistou, com a face encostada à palma da mão, por dentro de uma vidraça,com os olhos no mar, uma mulher que ajustava às suas reminiscências.

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