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A BRUXA DO MONTE CÓRDOVA

Untitled - Luso Livros

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entre a providência e os infelizes a quem a sociedade piorou a condição. Sigame.O colegial entrou depois do leigo entre as quatro paredes que serviam devazadouros do lixo aos encarcerados. Desviou frei Manuel uma rima de lascase vigas do teto abatido. Esmoitou a ramaria de malvas que verdejavamacostadas ao muro; desterroou com as unhas até descobrir uma argola; e,sacando de sob o hábito uma alçaprema curta, abalou a pedra, sacudindo-apelas junturas. A cobertura do aqueduto cedeu aos empuxões de frei Tomás,baldadas as diligências do donato septuagenário.— Sairá por aqui esta noite, quando eu voltar-disse o leigo. — com o pãoda ceia hei de trazer-lhe uma lâmpada. Não tema o comprimento da jornadasubterrânea. São seis ou sete minutos de caminho. Eu hei de vê-lo descer paraassentar a pedra, se passarem dez minutos e frei Tomás não voltar.— Voltar! — atalhou o frade com espanto.— Se o aqueduto estiver aluído?— Ah! — exclamou frei Tomás alanceado pela hipótese. — não se assuste.Frei jacinto disse que o trânsito está livre. Eu creio mais nas visualidades deledo que na evidência que os meus olhos veem e as minhas mãos apalpam.Ainda me não perguntou se há de fugir com esse hábito de são bento...

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