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A BRUXA DO MONTE CÓRDOVA

Untitled - Luso Livros

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— O mal não mo fazia a mim... A vossa paternidade muito grande... —respondeu o leigo. — se não fosse ela, o meu amo estava manso e quieto nacasa de deus.— Não lhe admito reflexões parvas! — interrompeu desabrido o colegial.— vá pensar nas suas obrigações, e faça de conta que me não conhece maisque aos outros frades...— Senhor frei Tomás... — tomou choroso e humilde o irmão leigo.— Apre! — exclamou o monge esmurraçando a banqueta. — aqui nestacasa não há senão hipocrisia, ferocidade e estupidez! Casa de deus... Isto! Foracom a blasfémia! Vejam este homem que se meteu leigo para me ser útil econsolar-me nesta vida cruel! Todos a flagelar-me... E ele mais que nenhum!Ninguém se atreveu à violência de mandar Angélica não voltar à igreja! Foieste meu particular amigo quem tomou à sua conta executar o tormento queainda me faltava, sabendo quanto eu era menos desgraçado somente porque avia! Que perversa caridade foi essa sua, homem! — continuou frei Tomástrejeitando desabridamente. — quem o mandou pregar moral à rapariga?!— Ninguém, senhor frei Tomás... Fui eu, por pensar que fazia bem cortara tempo a desgraça... — respondeu o leigo, com respeitosa brandura. — edeus tenha misericórdia da vossa paternidade, se o cobro que eu quis pôr nasua paixão não remediar o mal...

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