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A BRUXA DO MONTE CÓRDOVA

Untitled - Luso Livros

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conveniência de deslajear o cárcere: esse leigo era o condutor da água e pão afrei Tomás de S. Plácido; vivia também o frade que, a ocultas da comunidade,ajudara a levantar as pedras e correra o encanamento: era frei jacinto de deus,o confessor e patrono do colegial algemado ao tronco.Leigo e frade entrequeriam-se como amigos de infância e parentes;compartiam das tristezas análogas em ambas as almas; choravam juntos,quando raro se viam, a desolação do mosteiro, e a imputavam à degenerada fée caridade dos monges e a lucrativa Roma, que abrira seu telónio sobre osepulcro de cristo, baque irremediável dos mosteiros.Frei jacinto, sondando o ânimo do leigo a respeito do sentenciadoiniquamente, não usou grandes salvas e rodeios. Disse-lhe:— É preciso arrancarmos este rapaz do suplício. A sentença é atroz evergonhosa. Protestemos nós, Manuel. Salvemo-lo. Deixemos na memóriadeste desventuroso rapaz uma lembrança saudosa de dois velhos que aindavestiram seus hábitos sem nódoas.— Pois salvemo-lo — assentiu frei Manuel da redenção. E o monge, vindode alpendorada, recordou ao donato os comuns trabalhos de 1807 noencanamento, e a fácil fuga do preso, sem responsabilidade e culpa de outrem.— Isso foi há vinte e dois anos — disse frei Manuel. — quem nos diz queo aqueduto não está já arruinado?

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