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A BRUXA DO MONTE CÓRDOVA

Untitled - Luso Livros

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surdissem efeito, decorridos meses, dizia o atilado frade que para ele foradesnecessária mais esta prova de que frei Tomás tinha sido arrebatado emcorpo e alma por manhas do anticristo.Não nos bandeemos na alarvaria dos beneditinos de Tibães. Respeitemos odiabo, que não perdemos nada com isso, visto que tamanhos poderes acristandade lhe atribui; todavia, dispensemo-lo de intervir na fuga de freiTomás de S. Plácido.A verdade é esta: em 1807, o dom abade-geral da congregação de S. Bento,frei Manuel da conceição, informado de que o invasor Junot, aquartelado emAbrantes, punha a saque as povoações portuguesas, sem ressalva dosmosteiros, pensou em arrecadar as riquezas e ao mesmo tempo minar umcaminho por onde os frades, no derradeiro aperto, pudessem escapulir-se esair a seguro com elas, nalgum bosque afastado do convento. Um donato, quefeitorizava a cerca de Tibães, alvitrou o acerto de se abrir um alçapão nolajedo do segundo cárcere começado, e procurar-se um aqueduto que em erasremotas levava água ao primitivo mosteiro situado numa baixa do monte de S.Gens, sendo provável que as obras da canalização antiga, feitas a expensas deum rei godo, se conservassem ainda sólidas e capazes de serventia. O leigoasseverava ter andado mais de cinquenta passos por debaixo de abóbadas quenão gretavam a menor fenda .

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