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A BRUXA DO MONTE CÓRDOVA

Untitled - Luso Livros

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Estomagou-se o abade com o menospreço da sua indulgência. A maioria dosconventuais votava que se deixasse o insolente preso acabar a sentença, edepois fosse removido para outro mosteiro. Contraveio frei jacinto,patrocinando o colegial. Dizia ele que se acautelassem os bons religiosos deestar com demasias de justiça humana piorando a condição e génio de ummancebo que tantos inimigos granjeara com simples imprudências da suaidade.Vociferaram os queixosos contra o velho, impedindo a continuação da defesa.Frei jacinto escutou-os com paciência de pomba e sorriso de piedosa lástima.Enfim, aplacado o falario irritado dos monges negros, o confessor, voltado aodom abade, concluiu:— Razão tem frei Tomás. Está mais com deus, e menos com os homens,quem se afeiçoou à solidão do seu cárcere, deploremos do coração que umcárcere seja o melhor abrigo na casa de são bento.Frei jacinto, ao outro dia, foi mandado residir no montanhoso mosteiro dealpendorada. Frei plácido chorou, quando lhe disseram que o piedoso anciãose não despedira dele, porque o prelado assim lho ordenara sob santaobediência.

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