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A BRUXA DO MONTE CÓRDOVA

Untitled - Luso Livros

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Angélica vizinhou da enferma, pediu-lhe a história da sua moléstia, e lhe fezuma enfiada de perguntas, consoante as prescrições que o seu confessor lhetinha dado traduzidas do ditame VII, de brognolio. (signa certa et evidentiadamoníaci.) Respondiam os pais e a doente. Eram sessenta e uma as perguntasdo estilo. A exorcista, porém, só em três respostas se deteve esclarecendo-secom outros interrogatórios. Foi uma quando a rapariga disse que sentia àsvezes correr-lhe o corpo todo um forte arrepio ou formigueiro, e assim amodo de uma cobra a correr por toda ela. Era de notar esta espécie, porque lávem marcada no capítulo dos "sinais certos e evidentes de diabrural". Asegunda foi dizer a rapariga que não podia esmoer a comida como dantes.Esta anemia de estômago, que hoje se cura com bismuto e ferro, está tambémà conta do pobre diabo, no método do arrábido . Foi o terceiro reparo chorara rapariga sem motivo, e ter zunidos nas orelhas. Isto é também duasdiabruras a um tempo 3.A penitente mandou sair do quarto as doze pessoas que se acotovelavam, eficou sozinha com a rapariga.Requereu o espírito imundo. A doente não fez algum sinal de obsessão.— Pensais que o vosso mal é causado pelo demónio? — ¬perguntou aexorcista.— Acho que não — respondeu a doente. — tendes alguma paixão dealma?

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