A BRUXA DO MONTE CÓRDOVA

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CAPÍTULO VIIICOMO ANGÉLICA FLORINDA MORREUEm Julho deste ano, o barão de Burgães saiu do porto a passar o estio sob osarvoredos da sua quinta.Além da sua família, acompanhavam-no um casal de velhos: a senhora mariaque o tinha criado, e o senhor bento gomes, marido da senhora maria,camarada do seu pai, soldado dos voluntários de d. Maria h, o qual andavamorrendo de fome, porque o seu lugar da alfândega lhe tinha sido tirado paragalardoar um caceteiro eleitoral.O barão recolheu-os e denominou-os sua família. À casa de Burgãesconcorriam os nobres e os ricos daqueles arredores. A baronesa era maisprocurada dos pobres, e pagava-lhes a visita com as mãos cheias deconsolações, e o coração de alentos. O velho soldado entrava à sala doshóspedes mais cerimoniosos, e, à meia volta, lá vinha historiando as batalhasda liberdade, desde a primeira dos Açores até à última da Asseiceira. Depermeio, enternecia-se até às lágrimas, quando comemorava as proezas do seutenente.
Em uma tarde formosa de agosto, umas damas portuenses, hóspedes dabaronesa, perguntaram a um cavalheiro de santo tirso onde é que estava poraqueles sítios uma ermitoa que o povo chamava a "bruxa do monte Córdova".— Oh, minhas senhoras! — respondeu o cavalheiro —, não pensei quechegava ao porto a fama da bruxa do monte Córdova!— Pois não chega?! — volveu uma dama. — olhe que a mamã, quando opapá esteve a morrer, veio aqui onde está a tal mulher, de propósito, a pedirlheque rezasse pela saúde do papá, e...— E o caso é que o seu papá melhorou, minha senhora — interrompeu orisonho sujeito, que se prezava de ter dois dedos de filosofia, segundo aquantidade em que ela está distribuída em santo tirso.— Melhorou, sim, senhor. E quer saber mais? A mamã mandou àmulherzinha não sei quantos cruzados novos, e ela pediu ao criado que lhedesse meio tostão para azeite da lâmpada da capelinha e não quis mais nada.— Lá pela independência dela fico eu — disse o cavalheiro. — sei que abruxa não aceita, senão algum bocado de pão e couves para o caldo; eacontece, se tem pão de mais, repartir com os pobres que lá vão consultá-lapara doenças, ou pedir-lhe orações; creio isto porque o sei de bonsinformadores; mas, se a vossa excelência me permite, não acreditarei que elacurou seu papá.
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A BRUXA DO MONTE CÓRDOVACAMILO CAS
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PRIMEIRA PARTEA MOCIDADE DE UM HOME
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outros indivíduos todos, ao seu mo
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e não se acabam de desenganar! Deu
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Manuel Severim de faria, e mais vel
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Aqueles inocentes afetos ninguém o
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húmidos, e valia-se do patriarca S
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Estes frades, guinando com os olhos
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CAPÍTULO IIIOS ESPIÕESOs dois fra
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lisura de bom homem o que dissera e
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— Que mal? — atalhou iracundo o
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Frei Tomás levantou nos braços o
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CAPÍTULO IVPERSEGUIÇÃOFrei Tomá
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que não dei azo a que me taxassem
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— Não lha dou.— Peço-a pelas
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O aspeto do preso significava confo
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Simeão de Aquino lida a resposta,
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O frade velho saía triste; e o nov
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CAPÍTULO VIA PÉROLA E LUSTRE DA C
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da casa dos pais com uma malta de m
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— Vá-se embora, homem... Deixe-m
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senhoriais e dissolutos morgados. M
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CAPÍTULO VIISE FREI JACINTO SERIA
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— Que dois miseráveis covardes!
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tendências revolucionárias, manif
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tome um molho daquelas varas e lhe
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Deixo-te no começo dos trabalhos.
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No tocante à filiação de cacodem
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surdissem efeito, decorridos meses,
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conveniência de deslajear o cárce
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sustentar a fé no inferno onde nã
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entre a providência e os infelizes
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pavimento granítico, e enxergando,
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— Oh! — exclamou frei Tomás-,
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ou eles fossem salteadores ou quadr
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naqueles dias bastava o entusiasmo.
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liberais por adoráveis ímpios da
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— Desculpa-me — balbuciou Tomá
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tempo de um credo, e caiu pra diant
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Calaram-se ambos por alguns segundo
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Sufocada de soluços, Angélica res
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CAPÍTULO XIREFLORESCE O AMORAs rá
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do outro. De qualquer das maneiras,
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— Eu lá vou vê-lo, logo que pud
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morresse amanhã, que farias, Angé
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Era, pois, ali a casinha de Angéli
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sob cor de enfermidade se esquivass
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CAPÍTULO XIIIO "ADEUS" DOS VALENTE
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a hora do descanso... Muitos têm a
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cavalaria, excitada pelo intrépido
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SEGUNDA PARTEO ÚLTIMO FRADE
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— Digo que sim — respondeu soss
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— Meus irmãos, de qualquer delib
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do mosteiro, convergissem logo àqu
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Frei jacinto pegou do breviário e
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— Um breviário. Um soldado tirou
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Entrou ao acaso numa loja, escreveu
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padre, como as estrelas, de quem el
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Quer que eu lhe conte, padre, aqui
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Vizinhou da janela e cortejou-a. An
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peça a deus que lhe diga se ele es
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os braços e seio a pobrezinha que
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tributar os responsos fúnebres em
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— Filha, eu devo a deus a mercê
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CAPÍTULO IVEPISÓDIOS DE FREI JACI
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— Constou-me que o mataram; mas d
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cárcere nu, de uma boa alcova cort
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— Exercitei o meu oficio. — que
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— Pois bem pode ser que ele preci
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filhos, não pode haver deus que lh
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CAPÍTULO VA SENHORA MARIA— Ai! D
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— Nem eu, apesar de ser muito ant
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— Essa sede de sangue é imprópr
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CAPÍTULO VIO ARRÁBIDOAnunciou-se
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— Esta desavergonhada, cada vez q
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CAPÍTULO VIIA PIEDOSA DEMÊNCIAÀ
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Guimarães ou braga mosteiro onde p
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eternas... Não posso já salvar o
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CAPÍTULO VIIIPASSOUEste conflitos
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passagem, dos quais tereis motivo d
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a fruta acolá por aqueles ramos! C
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Page 232 and 233: comandante queirós tinha fígados!
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Page 236 and 237: — Só ele morreu... — balbuciou
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