25.08.2015 Views

A BRUXA DO MONTE CÓRDOVA

Untitled - Luso Livros

Untitled - Luso Livros

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

peito, no jardim e à volta do palácio do marquês de Louriçal. A camagem foi,neste ponto, a mais sangrenta que se travou em toda a luta. "eu nunca vi", dizo conde de S. Vicente, "tão ativo fogo como o de S. Sebastião! A casa ficouinteiramente crivada de bala rasa e metralha. Desde o portão até ao jardim,onde estava a bateria, o espetáculo era de um horror esplêndido capaz desatisfazer os amadores do género". (*) [(*) guerra da sucessão em Portugal. Tomo II]O cadáver de d. Alexandre de sousa Coutinho, trespassado de baionetas ebalas, estava rodeado de mortos e agonizantes; se alguns eram os seus que oimitaram na bravura, muitíssimos eram o avaro preço daquela vida. A respeitodeste rapaz, tão chorado do exército, escreveu o coronel Owen na sua mesclade palavras e locuções estrangeiras-:"d. Alexandre de modo nenhum podia ter sobrevivido à campanha,conduzindo-a sempre no fogo seu entusiasmo a expor-se excessivamente, eassim já tinha sido gravemente ferido no sítio do porto. "(*) [(*) a guerra civil emPortugal, o sítio do porto, e a morte de D. Pedro, pág. 242.]O esquadrão de lanceiros tinha apeado, saltando das trincheiras às avenidas dojardim juncado de mortos. Tomás de Aquino, já ferido de bala no pulmãoesquerdo, remessou-se de encontro ao granizar dos pelouros, dentro doacervo de cadáveres, e reconheceu d. Alexandre. Curvou-se, levantou pelossovacos o corpo inanimado, chamou-o, ungiu o rosto do sangue dele aindaquente e forcejou por tirá-lo a rastos até às trincheiras. Neste comenos, a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!