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A BRUXA DO MONTE CÓRDOVA

Untitled - Luso Livros

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— Dê-me a sua bênção, minha mãe? — disse o menino. Angélica, semresponder, arquejou em ânsias de respiração mal sufocadas, e depois rompeuem alto chorar e gemer, não obstante abafar a boca, sobrepondo-lhe o lençocom as mãos ambas.Durou minutos esta luta da natureza com o ascetismo, do amor materno como divino amor.O velho não entendia aquilo ou entendia mal. Cuidou que era estremadojúbilo que a fazia chorar, e disse:— Há muito que a senhora Angélica não via o seu filho? Aquelesmalvados sobrinhos de frei jacinto já lho deviam ter trazido muitas vezes. Masquê!, os patifes não lhe davam que vestir de modo que ele pudesse mostrar-se.Em que estado eu topei este menino! Ele aí está que lhe conte as fomes emaus tratos que sofreu... A senhora Angélica nunca devia deixar-se estar tantoanos, mais de quatro, sem ver o seu filho!— Pois ele... — atalhou ela — já não está com os parentes de frei jacintode deus! ?— Qual!, está comigo. Foi deus que me guiou para aqueles sítios... Achei-orotinho; levei-o para minha casa, onde, graças ao senhor, há pão de sobra emeia dúzia de cruzados novos bem merecidos. Vesti-o do melhor modo queos alfaiates souberam. Ele aqui está, o filho do meu amo, do meu pobreTomás... Desde que o lá tenho, parece-me que me entrou em casa o meu

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