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A BRUXA DO MONTE CÓRDOVA

Untitled - Luso Livros

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liberais por adoráveis ímpios da mesma satânica seita. — sio! — tomou ela,vendo que o soldado não a ouvira. — vossemecê quem procura?Tomás olhou, remirou, afirmou-se e disse de si consigo: — aquela é Angélica!Avizinhou-se o soldado mais do edifício e respondeu: — faz favor de medizer o seu nome? A voz de Tomás não impressionou levemente AngélicaFlorinda. As más noites do mar e o ardente sol da marcha desde a praia doMindelo ao porto, tinham-no enrouquecido. Escusado é dizer que obronzeado do rosto e as longas barbas tornavam impercetível a mínima feiçãodo estudante que a rapariga amara ainda imberbe, pálido de cera, magro edefinhado pelos estudos e tristezas do violento destino que os pais lheprescreviam.Ora, à rapariga figurou-se-lhe atrevida a pergunta. Que importava ao soldadosaber-lhe o nome? Vontade de o impontar com má resposta não faltou àrapariga; porém, susteve-a o medo de provocar algum insulto ao mosteiro.Indecisa entre dar-lhe ou não dar-lhe com as portas na cara, à imitação daoutra serva de deus, deu tempo Angélica Florinda a que Tomás lhe dissesse:— Tu és de são pedro de Alvite... Tu és Angélica do picoto...— Sou... — disse ela sobressaltada sem atinar com a razão de alvoroçar-se.— sou a mesma... Donde me conhece vossemecê?!— Conheço-te desde que me conheço... Triste coisa é que me nãoreconheças... Ainda não?, ainda me não adivinhas, Angélica? Será preciso que

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