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40 Anos de Acrobacia no Ar - Aeroclube de Bebedouro

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PRIMEIRO LOOPING INVERTIDO<br />

Dando instruções <strong>de</strong> acrobacia <strong>no</strong> Curso <strong>de</strong> Monitores, já tinha acumulado um monte <strong>de</strong> horas <strong>de</strong><br />

acrobacias, mas sentia-me um tanto frustrado, não fazia o looping invertido.<br />

Uma tar<strong>de</strong> linda não tinha alu<strong>no</strong>s, peguei o BUCKER sozinho e falei para o Pingüim, que era o<br />

a<strong>no</strong>tador <strong>de</strong> vôos, vou fazer um looping invertido e o pingüim me disse, você está ficando louco,<br />

respondi-lhe, não estou não, e lá fui.<br />

1.000metros <strong>de</strong> altura, reduzo o motor, o bicho dá as clássicas pipocadas, espero a velocida<strong>de</strong>, quase<br />

<strong>de</strong> perda, espeto o manche a frente, a velocida<strong>de</strong> aumenta vertigi<strong>no</strong>samente, parece-me que os telhados<br />

das casas estavam muito perto, empurro o manche mais para a frente , entro em G negativo, arrependo-me<br />

até o dia em que nasci, puxo o manche, está com carga positiva e saio para a frente numa velocida<strong>de</strong> que<br />

sei lá, recupero altura, fico pensando um pouco o que está errado.<br />

Então chego numa conclusão que falta altura, somente 1.000 metros é pouco, subi para 1.200<br />

metros. Repito a dose na vertical para baixo, quando empurrava o manche e o G negativo aparecia, eu já<br />

via os telhados das casas lá em baixo, e muito perto <strong>de</strong> mim, <strong>no</strong>va subida, 1.500 metros, tudo se repete e<br />

nada <strong>de</strong> looping invertido, mais altura, 2.000 metros, mais uma tentativa, mas quando aparecia o tal G<br />

negativo eu já não era mais o piloto.<br />

Fiquei voando algum tempo a 2.000 metros <strong>de</strong> altura, pensando <strong>no</strong> Pingüim que estava lá em baixo,<br />

como iria justificar a ele sobre o looping, sou homem ou sou uma coca-cola.<br />

Naquela época era voz corrente que o looping invertido fazia saltar os olhos para fora, então pensei<br />

eu, pois vai saltar agora mesmo porque vou fazer tal looping, reduzi o motor um pouco, empurrei o<br />

manche a frente, a velocida<strong>de</strong> foi lá nas cucuias, o cinto me cortava, tinha a impressão que ele não ia<br />

agüentar, o pescoço esticou a cara saiu um pouco fora do pára-brisa, apareceu o horizonte, a velocida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>veria ser muito gran<strong>de</strong> porque os comandos estavam duros, eu pensei a meta<strong>de</strong> já foi, agora vai o resto,<br />

parece uma eternida<strong>de</strong>, só vejo o céu azul, <strong>de</strong> repente o BUCKER amolece todo, não sei o que se passava,<br />

mas o horizonte aparece <strong>no</strong> nariz e em ato contínuo eu passo a mão <strong>no</strong>s olhos para ver se os mesmos<br />

estavam <strong>no</strong> lugar e estavam.<br />

Tinha feito o looping e em primeiro lugar os olhos não saltaram, então fiz mais um, gostei da coisa e<br />

fiz outro, mais outro, uma porção <strong>de</strong>les, perdi altura e aterrei, procurei o Pingüim e ele não tinha visto<br />

nada.

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