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40 Anos de Acrobacia no Ar - Aeroclube de Bebedouro

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LOOPING INVERTIDO A MENOR ALTURA POSSÍVEL<br />

Tinha formado outra turma <strong>de</strong> monitores, <strong>no</strong> meio <strong>de</strong>sta aparece Aylor, que se revela exímio<br />

acrobata.<br />

Nas horas <strong>de</strong> folga do curso, íamos treinar acrobacias <strong>de</strong> dupla. BUCKER , TEM e TFK, eu não sabia<br />

nada e ele era meu alu<strong>no</strong>, nas primeiras vezes era um verda<strong>de</strong>iro pan<strong>de</strong>mônio.<br />

Depois dividimos as acrobacias em grupo <strong>de</strong> três, escrevemos <strong>no</strong> painel as mesmas: Grupo 1 ,<br />

Grupo 2, etc.<br />

Encostamos os BUCKER e fazíamos sinais com os <strong>de</strong>dos, grupo tal e assim foi melhorando, uma vez<br />

que combinamos <strong>no</strong> chão <strong>de</strong> fazer um 8 cuba<strong>no</strong>, lado a lado, nunca ninguém tinha dito, que nessa<br />

ma<strong>no</strong>bra a gente troca <strong>de</strong> lugar, eu estava do lado direito picamos juntos meio looping, em cima <strong>de</strong>svirava<br />

picando para outro looping, mas acontece que eu estava na direita, virei e procurei ele na esquerda, pois<br />

durante a viragem a gente não vê o outro e ele não estava ali, ele procurando-me na direita e eu estava a<br />

esquerda e ele na direita , os BUCKER bateram asa com asa, foi quando nós <strong>no</strong>s achamos, aterramos,<br />

fomos discutir o assunto e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muito tempo chegamos a um acordo que a coisa mudava <strong>de</strong> lado.<br />

Depois <strong>de</strong>scobrimos um monte <strong>de</strong> macetes para voarmos juntos, fizemos muitas exibições juntos,<br />

nós treinávamos muito em Cumbica, naquele tempo não tinha nada, somente a pista <strong>de</strong> terra.<br />

Muitas vezes um ficava <strong>no</strong> chão para criticar o vôo do outro. Numa <strong>de</strong>ssas vezes, era eu que ia voar<br />

para ele me criticar, ia fazer looping invertido, partindo <strong>de</strong> cima e voar a me<strong>no</strong>r altura possível.<br />

No primeiro parti <strong>de</strong> 450 metros <strong>de</strong> altura, passei alto, aterrei, falei com Aylor, diz ele passou muito<br />

alto. Acerto bem o altímetro, <strong>de</strong>colo, <strong>40</strong>0 metros, procuro a reta da pista para servir <strong>de</strong> referência, reduzo<br />

o motor, empurro o manche para a frente, lá vou seu, passou alto, aterro diz Aylor, ainda está muito alto,<br />

confiro o altímetro, <strong>de</strong>colo, 350 metros, reta da pista, checo tudo mas parece-me que está meio baixo,<br />

faço todo o procedimento e <strong>de</strong>spenco, pensei, passou meio baixo, aterro, encontro Aylor, disse ele <strong>de</strong> que<br />

altura você partiu, eu disse <strong>de</strong> 350 metros, então po<strong>de</strong> começar a 300 metros que dá certinho.<br />

Cabeceira da pista, super ajuste do altímetro, tráfego, há 300 metros ajeito-me em cima da reta da<br />

pista, confiro 300 metros, estou vendo ele <strong>no</strong> chão com o outro BUCKER, está tão pertinho, com 300<br />

metros é pouco, pensei eu, tinha a impressão <strong>de</strong> que estava vendo até as formigas <strong>no</strong> chão.<br />

Chego ao ponto exato, aon<strong>de</strong> <strong>de</strong>vo começar, reduzo o motor, manche a frente, o chão ficou já na<br />

minha cara, não tinha mais tempo para arrependimentos, o nariz do avião parece que ia entrar na pista,<br />

senti o cheiro do mato, o nariz passa para cima do horizonte e completo a ma<strong>no</strong>bra, em seguida aterro.<br />

Aylor estava meio amarelo e me disse, se baixasse mais 2 centímetros, teria batido.<br />

No Aero Clube <strong>de</strong> São Paulo <strong>de</strong>i instrução a 44 alu<strong>no</strong>s monitores (instrutores), <strong>de</strong>i um pouco <strong>de</strong><br />

instrução primária e muitas horas <strong>de</strong> acrobacias para pilotos sócios do Aero Clube.<br />

Aviões que voei <strong>no</strong> Aero Clube <strong>de</strong> São Paulo : MOTH; MUNIZ 7; MUNIZ 9; BUCKER ; PT-19.<br />

Em 1943 fiz minha transferência para o Aero Clube <strong>de</strong> Sorocaba, com inteira liberda<strong>de</strong> do Aero<br />

Clube <strong>de</strong> São Paulo, a título <strong>de</strong> experiência, se não gostasse retornaria ao meu lugar, o qual ficou<br />

guardado para mim muitos a<strong>no</strong>s, e me parece que até hoje.

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