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40 Anos de Acrobacia no Ar - Aeroclube de Bebedouro

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CAMPO DE MARTE – BONANZA<br />

Campo <strong>de</strong> Marte com o Bonanza, <strong>no</strong> táxi da pista para o outro lado tinha uma passagem muito<br />

precária, cheia <strong>de</strong> buracos, num <strong>de</strong>les a triquilha <strong>de</strong>u um estalo, parei o motor, verifiquei a parte <strong>de</strong> cima<br />

da perna, estava partida, não caiu <strong>de</strong> sorte. Era aquela parte <strong>de</strong> alumínio fundido, procurei para comprar<br />

uma <strong>no</strong>va, ali em Marte e ninguém tinha, só encontraria a peça <strong>no</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro. <strong>Ar</strong>ranjei arame <strong>de</strong><br />

fre<strong>no</strong>, enrolei várias voltas na parte quebrada, não dava para suportar o peso, mas podia recolher o trem e<br />

baixar sem perigo, procurei dois caronas que quisessem ir ao Rio <strong>de</strong> Janeiro com a condição <strong>de</strong> na<br />

<strong>de</strong>colagem e na aterragem fossem <strong>de</strong>ntro da fuselagem para o Bonanza operar como um avião comercial.<br />

Dois candidatos apareceram, meu irmão Bertelinho e outro manicaca, Ignácio Pupo. Entre o porta<br />

malas e a fuselagem o Bonanza tem uma tampa aparafusada, tiramos a mesma, sentei <strong>no</strong> posto <strong>de</strong><br />

pilotagem e os dois caras entraram na fuselagem. Pedi a eles para que fossem lá para trás <strong>de</strong>ntro da<br />

fuselagem até achar o ponto <strong>de</strong> equilíbrio, então que marcassem bem o ponto em que estavam, porque<br />

durante o vôo até o Rio <strong>de</strong> Janeiro eles iriam sair <strong>de</strong> lá e vir para <strong>de</strong>ntro da cabine, mas na aterragem <strong>no</strong><br />

Rio eles <strong>de</strong>veriam voltar lá <strong>no</strong> mesmo lugar, tudo certo e checado, saí <strong>no</strong> táxi para a cabeceira da<br />

pista,conseguia equilibrar o Bonanza com o profundor para não bater a cauda <strong>no</strong> chão, fiz o pla<strong>no</strong> pelo<br />

rádio e <strong>de</strong>colei rumo Rio <strong>de</strong> Janeiro. O Bonanza largou o chão, o vôo era meio esquisito por causa do CG<br />

que estava muito atrasado. Gritei para os caras, “para a frente”, apareceram os dois meio apavorados,<br />

“que foi” disse eu, “a coisa lá é feia, a gente não sabe o que está acontecendo”. Dia limpo, sol, céu azul, 1<br />

hora e 30 minutos <strong>de</strong> vôo até o Rio, Manguinhos, <strong>no</strong> tráfego os dois voltaram para trás, eu pedi a eles que<br />

só chegassem <strong>no</strong> lugar certo do equilíbrio quando eu mandasse, que <strong>de</strong>veria ser <strong>no</strong> fim da reta final, um<br />

só lá <strong>no</strong> fundo, a pista aproxima, o outro também, aterrei equilibrando o Bonanza com o profundor, sem<br />

que a cauda ou a roda da frente tocasse o chão, rolo para perto do hangar Carnaciali, os pilotos que<br />

estavam por ali ficaram meio intrigados como o Bonanza tinha chegado até ali sem ter tocado a roda da<br />

frente <strong>no</strong> chão. Lá só tinha o trem da frente completo, comprei o mesmo e 30minutos <strong>de</strong>pois estávamos<br />

os três <strong>de</strong>ntro da cabine <strong>de</strong> volta para São Paulo.

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