BELO HORIZONTE – BÜCKER Festa na base Aeroporto Pampulha, eu tinha autorização para pousar sem rádio na chegada em Belo Horizonte achei <strong>de</strong> bom senso aterrar primeiro em Carlos Prates, campo do <strong>Aeroclube</strong> e telefonar para a torre da Pampulha, assim eles saberiam certo da minha hora <strong>de</strong> chegada e não iria interce<strong>de</strong>r <strong>no</strong> tráfego comercial, a torre <strong>de</strong> Pampulha autorizou a minha ida e que fizesse cambalhotas antes <strong>de</strong> pousar. De Carlos Prates a Pampulha , 3 minutos <strong>de</strong> vôo, a torre <strong>de</strong>u luz ver<strong>de</strong>, <strong>de</strong>i umas viradas, entrei <strong>no</strong> tráfego em vôo <strong>de</strong> dorso, fiz todo o tráfego em vôo invertido, a pista é gran<strong>de</strong>, fiz um vôo comprido <strong>de</strong> dorso rente ao chão antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>svirar para pouso, <strong>de</strong>svirei na ponta e aterrei, todos os carros do corpo <strong>de</strong> bombeiros estavam na pista, eles pensaram que o BUCKER havia enguiçado e não ia mais <strong>de</strong>svirar, pousando <strong>de</strong> rodas para cima.
BONANZA Com três passageiros a bordo, um Sr. comigo na frente e um casal <strong>no</strong> banco <strong>de</strong> trás, estando a senhora em adiantado estado <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z, entro <strong>no</strong> tráfego do Campo <strong>de</strong> Marte, perna do vento para a pista 29, falei com a torre, chamei na perna base, coman<strong>de</strong>i o trem embaixo, a ban<strong>de</strong>ira indicava o trem embaixo e a luz ver<strong>de</strong> i<strong>de</strong>m, i<strong>de</strong>m, mas o trem durante a abertura tinha feito um barulho a<strong>no</strong>rmal, na reta final pedi a torre informação sobre meu trem <strong>de</strong> pouso, já embaixo, a torre disse arremeta que uma roda não <strong>de</strong>sceu, arremeti, chequei, tudo indicava trem embaixo, perguntei a torre qual das rodas não havia saído, a torre me respon<strong>de</strong>u que era a roda direita que estava para <strong>de</strong>ntro, voando circulando o Campo <strong>de</strong> Marte, a torre sugeriu que eu recolhesse, caso fosse possível todo o trem e que pousasse <strong>de</strong> barriga, visto que eles já haviam provi<strong>de</strong>nciado o corpo <strong>de</strong> bombeiro, respondi à torre que eu tinha gasolina para voar 3 horas e que o avião era meu, que ia resolver o que tinha <strong>de</strong> fazer, pedi permissão para <strong>de</strong>sligar o radio, porque não ia ter tempo para falar. Desliguei-o então, lá em baixo era uma verda<strong>de</strong>ira festa, corpo <strong>de</strong> bombeiro, ambulância, um bando <strong>de</strong> pilotos, quanto mais tempo eu ficava lá em cima mais gente ajuntava para ver o show, aterrar <strong>de</strong> barriga. Pensei comigo mesmo se não conseguir baixar a roda, volto para Registro e vou pousar lá, essa festa vai ficar entalada na garganta <strong>de</strong>ssa turma. Resolvido que ia consertar o trem em vôo, primeiro preciso que o passageiro que está na frente junto comigo passe para o banco <strong>de</strong> trás, os comandos do trem ficam localizados <strong>de</strong>baixo, os três passageiros atrás, mais o porta mala cheio, o CG do Bonanza atrasou muito, o avião voava como ca<strong>no</strong>a <strong>no</strong> mar bravo, um problema sério foi tirar a almofada, a mesma era presa com 4 parafusos 5/16 e eu na tinha chave, a única ferramenta a bordo era uma chave <strong>de</strong> fenda, tirei as almofadas quebrando o suporte na base da fadiga, isto levou tempo, com o Bonanza voando daquele jeito que parecia montanha russa a passageira começou a enjoar, com três atrás, a situação entre eles era horrível, a mulher tapou a boca para não vomitar e a coisa veio violenta, saiu pelo vão dos <strong>de</strong>dos, pulverizou todos e a cabine do avião, a parte que me tocou limpei com o lenço e continuei o serviço. O banco já estava solto, eu precisava colocar ele para trás e em cima dos três, a situação <strong>de</strong>les ia piorar mais ainda com a almofada em cima, o CG foi mais atrás ainda, sem o banco eu estava vendo todo o sistema <strong>de</strong> comando do trem, inclusive a pane que era uma barra que trabalha na compressão quando solicitada para o trem em baixo a mesma tinha flambado e estava encostada na longarina da asa, é preciso dizer que sem o banco eu não via mais nada na frente, voava instrumentos, uma vez ou outra levantava <strong>de</strong>ntro do avião para ver por on<strong>de</strong> andava, os três passageiros fizeram um show <strong>de</strong> vomitação, eu não conseguia voar instrumento e consertar o trem ao mesmo tempo. Ajeitei a almofada para que o terceiro passageiro pu<strong>de</strong>sse me ajudar, virei o comando para a direita e expliquei ao passageiro como segurar o avião nivelado, foi preciso um pouquinho <strong>de</strong> duplo para ele enten<strong>de</strong>r, quando achei que ele já estava solo aí ataquei o serviço, a chave <strong>de</strong> fenda entre a longarina e a barra torta, forcei e a chave quebrou, bati a mão em alguma coisa, sangrou, fiquei com raiva, a chave era gran<strong>de</strong> sobrou um pedaço, enfiei <strong>no</strong> mesmo lugar, agora forcei com o pé, percebi que tinha <strong>de</strong>stravado a roda, mas a mesma não <strong>de</strong>scia porque estava em cima da carenagem, aquela carenagem que fecha o buraco da roda, me sentia meio vitorioso agora quebro o comando da carenagem e a roda sai.
- Page 4 and 5:
O VÔO SOLITÁRIO E A MULTIDÃO INT
- Page 6 and 7:
Em 1928 fiz exame de motorista, pel
- Page 8 and 9:
COMEÇO A VOAR Meu ordenado era 750
- Page 10 and 11:
PRIMEIRO LOOPING INVERTIDO Dando in
- Page 12 and 13:
TRANSFIRO-ME PARA SOROCABA Em Soroc
- Page 14 and 15:
ALBERTO BERTELI 40 ANOS DE ACROBACI
- Page 16 and 17:
DECOLAGEM DE MADRUGADA Decolagem de
- Page 18 and 19:
SEMPRE A TARDINHA À tardinha no Ae
- Page 20 and 21:
Dei um tchau para Celestino, decole
- Page 22 and 23:
TESTANDO OUTROS AVIÕES O WACO Cabi
- Page 24 and 25:
CESSNINHA RECUPERADO Decolo da Ilha
- Page 26 and 27:
SOCIEDADE EM CANANÉIA O negócio d
- Page 28 and 29:
Como comecei a acreditar nas histó
- Page 30 and 31:
Procurei consertar tudo, começa tu
- Page 32 and 33:
AEROCLUBE DE SÃO PAULO Ainda no Ae
- Page 34 and 35:
SOROCABA 1944 Festa em Catanduva, C
- Page 36 and 37: BONANÇA - 1950 Iguape, eu não ent
- Page 38 and 39: CESSNINHA - 1948 De Limeira para Pa
- Page 40 and 41: Cheguei no momento oportuno, pois a
- Page 42 and 43: Não é preciso dizer que ninguém
- Page 44 and 45: 1947 - AEROCLUBE DE SÃO PAULO - SO
- Page 46 and 47: Valfredo tinha escolhido manobras f
- Page 48 and 49: FILOSOFANDO O caçador que com uma
- Page 50 and 51: CELESTINO TEDESCO Celestino Tedesco
- Page 52 and 53: AVIAÇÃO Coisa que fascina, fazend
- Page 54 and 55: Logo na frente vejo outro avião, m
- Page 56 and 57: O BUCKER está mole, me obedece com
- Page 58 and 59: Pousei com o trem recolhido numa ro
- Page 60 and 61: ADEUS A RIO CLARO Fim de mandato de
- Page 62 and 63: À tardinha mais umas acrobacias pa
- Page 64 and 65: Sei que a demora da devolução do
- Page 66 and 67: Com 5 minutos após a decolagem, es
- Page 68 and 69: Estou outra vez no rasante na praia
- Page 70 and 71: VOLTA AO SHOW 300 metros de altura
- Page 72 and 73: VOLTA AO SHOW 180°, ganhando altur
- Page 74 and 75: CAMPO BUTANTÃ - CIDADE UNIVERSITÁ
- Page 76 and 77: RECUPERAÇÃO DO AVIÃO Recuperei o
- Page 78 and 79: 1957 - VENDA DOS DOIS STINSON - O B
- Page 80 and 81: 1952 - APARECE PELA 1.ª VEZ A ESQU
- Page 82 and 83: 1955 - VENDA STINSON Havia vendido
- Page 84 and 85: 1951 - BONANZA Verão, tempo dos CB
- Page 88 and 89: Levantei-me para ver como o aluno i
- Page 90 and 91: 1954 - REGISTRO Saída de São Paul
- Page 92 and 93: CAMPO DE MARTE - BONANZA Campo de M
- Page 94 and 95: MEU IRMÃO E O LUSCOMBE Ele era peq
- Page 96 and 97: VIAGEM DE IGUAPE Saí de Iguape na
- Page 98 and 99: SOROCABA Sorocaba, que tantas alegr
- Page 100: Registrado PP-ZPD, o único protót