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40 Anos de Acrobacia no Ar - Aeroclube de Bebedouro

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OS BONS ANOS DE 50<br />

Dias em que nada dá certo. Festa <strong>no</strong> <strong>Aeroclube</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Eu ia voar com o BUCKER e o<br />

Capitão Vaia, com o GLOSTER. Decolamos juntos, mas ele ia dar um show em Cumbica primeiro,<br />

enquanto isso eu com o BUCKER ficava ali <strong>no</strong> <strong>Aeroclube</strong>. Na <strong>de</strong>colagem já percebi que o BUCKER não<br />

estava bom, a bomba <strong>de</strong> gasolina, o instrumento da mesma, não parava quieto, esta coisa vai parar não<br />

<strong>de</strong>mora muito tempo, pensei eu. Ganhei um pouco <strong>de</strong> altura, virei <strong>no</strong> dorso, viro 180° <strong>de</strong> dorso para dar<br />

um raso em cima da festa, estou mais ou me<strong>no</strong>s a uns 10 metros <strong>de</strong> altura, passou algo por baixo <strong>de</strong> mim<br />

e o BUCKER corcoveia todo, <strong>de</strong>sviro, então vi o GLOSTER subindo na vertical, tinha passado por baixo <strong>de</strong><br />

mim. O negócio tinha virado bagunça, ajeito-me para dar outro raso <strong>de</strong> dorso, aumento a velocida<strong>de</strong><br />

porque a bomba está piorando, rente ao chão, <strong>de</strong> dorso bem em frente ao povo o motor parou. Empurro o<br />

nariz para cima <strong>de</strong>sviro fazendo a curva à esquerda a fim <strong>de</strong> alcançar a pista fazendo 180°, pois vinha<br />

paralelo à mesma, com a pista à frente dou pequena glissada e pouso. Com a velocida<strong>de</strong> do pouso entrei<br />

para a pista <strong>de</strong> rolagem com o motor apagado por completo.<br />

Sai a pé lá para a festa, ninguém havia percebido nada. Levei uma bronca do instrutor chefe, que<br />

era naquela época o Simões, porque eu tinha feito só 5 minutos <strong>de</strong> acrobacias e o GLOSTER aterrou, o<br />

BUCKER <strong>de</strong>u pane. Só havia 3 pára-quedistas que estavam saltando e havia gente prá chuchu querendo<br />

ver a festa e não havia mais nada.<br />

Alguém sugeriu, e se tirar a pane do BUCKER, você voa <strong>no</strong>vamente ? Claro disse eu. O BUCKER já<br />

estava <strong>no</strong> hangar. Então vamos lá tirar a pane. Quando estou <strong>de</strong>ntro do hangar, houve uma batida forte<br />

em cima do mesmo, olho rápido para cima e uma chuva <strong>de</strong> cacos <strong>de</strong> telhas Eternit me atinge e vejo as<br />

pernas do pára-quedista balançando lá em cima do hangar, eu disse para o Messias que era o mecânico do<br />

BUCKER: suspenda o conserto da pane, hoje eu não quero mais nada. E assim acabou-se a festa

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