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Indeterminação e Improvisação na Música Brasileira ... - CCRMA

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Tenho esse trabalho com o Fer<strong>na</strong>ndo Iazzetta, embora seja secundário da minha parte.<br />

Não sei como o Fer<strong>na</strong>ndo o considera para ele. Mais recentemente, há esse trabalho com o<br />

Akronon, que para mim também é secundário. Eu gosto do papel. Eu gosto de improvisar no<br />

papel. É gostoso imagi<strong>na</strong>r uma coisa e ir escrevendo. Algo sempre escapa, especialmente os<br />

processos mais matemáticos, nos quais começamos a perder de vista o que estamos fazendo.<br />

Temos que solfejar de volta o que foi escrito. Mas no geral, não conheço grandes trabalhos de<br />

improvisação no Brasil. Posso estar sendo injusto com alguém. Na música popular há bastante,<br />

mas sempre muito idiomática, fechada etc. É a mais escrita das músicas. É tão escrita que não<br />

precisa de partitura.<br />

Fale brevemente da sua trajetória pessoal como músico.<br />

SILVIO: Meu nome é Silvio Ferraz, <strong>na</strong>sci em 1959. Estudei com Willy Corrêa de Oliveira,<br />

Jorge Olivier Toni. Eu tive como uns de meus principais professores Ademar Campos Filho, que<br />

é um regente da banda da cidade de Prados. Depois, fiz cursos de férias com [Brian]<br />

Ferneyhough e [Gérard] Grisey, que complementaram coisas que eu já vinha buscando. Coisas<br />

que o Willy, Toni e Gilberto haviam contado. Estudei piano quando era garoto, depois fiz<br />

faculdade em composição <strong>na</strong> Usp e piano complementar com Caio Pagano. No meio do curso<br />

eu passei a estudar trompa e virei trompista de orquestra. Quando Willy teve sua reviravolta<br />

eu trabalhei com ele no Jardim Miriam. Nessa época eu já trabalhava como voluntário com um<br />

coral de crianças no Taboão da Serra. Teve uma época que eu fui diretor de fanfarra no Jardim<br />

Pirajuçara. Também fui dar aula e reavivar a banda de Diadema. Depois, larguei a trompa, fiz<br />

mestrado, doutorado… Fui trabalhar com música eletrônica, conheci Flo Menezes, que me<br />

mostrou o estúdio. Voltei a compor minhas peças. Fiquei um tempo sem compor, de 1983 a<br />

87. Trabalho atualmente <strong>na</strong> PUC de São Paulo.

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