Indeterminação e Improvisação na Música Brasileira ... - CCRMA
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sobre outras notas. Muitas variações são pensáveis a partir do primeiro objeto que foi<br />
executado, mantendo-se sempre o sentido global “ataque-ressonância”. Se fizermos um objeto<br />
com ataque <strong>na</strong> região grave e ressonância <strong>na</strong> região média do piano, podemos simplesmente<br />
inverter os registros e avaliar o resultado. Uma série de diferenças sonoras e físicas são<br />
constatadas ape<strong>na</strong>s com uma alteração desse tipo. E a partir de alterações experimentais<br />
como essas, novas tentativas, com diferentes tipos e graus de alteração, poderão ser<br />
sugeridas, sempre com base no resultado escutado e <strong>na</strong>s dificuldades surgidas.<br />
[Exemplo diagramático de um objeto ataque-ressonância no piano e uma forma de variação (inversão de registros)]<br />
Uma dificuldade comum <strong>na</strong> improvisação livre é a manutenção de uma forte presença<br />
rítmica que não seja extremamente repetitiva e mecanicamente ba<strong>na</strong>l. Por exemplo, a idéia de<br />
um retorno constante de uma fundação rítmica ou pulsação com certa complexidade, como<br />
vemos em certos trabalhos de Gyorgy Ligeti por exemplo, costuma ser mais difícil de ser<br />
sustentada ou bem resolvida, do que uma música com harmonias resso<strong>na</strong>ntes espaçadas,<br />
mais livre no tempo. Um rigor rítmico constante, quando não é talhado por alguns tratamentos<br />
a priori nem reduzido a uma repetição simplista, ocasio<strong>na</strong> com certa frequência desencontros<br />
indesejados entre os participantes. É preciso um cuidado e um trabalho bastante dirigido ao se