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Indeterminação e Improvisação na Música Brasileira ... - CCRMA

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Como pedagogo…<br />

SÉRGIO: Koellreutter trabalha muito com improvisação no ensino. Mas de maneira<br />

ampla, considerando por exemplo ritmos e “arritmos”, e instrumentos e objetos não-<br />

convencio<strong>na</strong>is. Tudo aquilo que produz sons. Eu também trabalho bastante com improvisação<br />

com os alunos. Fica mais fácil com a criança porque ela tem menos preconceito. Hoje mesmo<br />

fiz isso com uma alu<strong>na</strong> de 12 anos, que achou fantástico tocar dentro do piano. Geralmente<br />

isso vem mais tarde para a gente, com a música contemporânea. Mas quando somos<br />

adolescentes é uma descoberta, uma revolução. Com as crianças não. Não há uma reação de<br />

espanto, porque elas não fazem essa divisão. Claro que no dia-a-dia elas não têm contato com<br />

esse tipo de música, mas não fazem essa separação. E eu não vou argumentar com dados<br />

históricos. Não é por aí. Então o problema é a atitude do professor ao pensar como inserir esse<br />

tipo de música. E como diz o Koellreutter: “O mais importante não é fazer música e sim seres<br />

humanos”.<br />

Como você vê a prática da improvisação no meio musical contemporâneo? Você<br />

acha possível que ela amplie seu espaço e sua inserção entre os músicos? Você acha<br />

possível a improvisação sair da sua condição “periférica” ou “margi<strong>na</strong>l”?<br />

SÉRGIO: Acho que a improvisação é muito pouco trabalhada. Deveria ser mais,<br />

justamente para aprendermos a observar as coisas de uma maneira mais liberta, com um<br />

olhar mais pessoal. Os músicos são educados a repetir o que está escrito, e muito bem aliás!<br />

[risos]. Faltam erros, trabalhar com a liberdade e com a criação. E não só como obra, mas<br />

como processo e aprendizagem mesmo. Damos um material e dizemos: “Isso é assim”. Mas<br />

podemos olhar assim como também de outras maneiras.<br />

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