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No. 50/1986

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dade justa e desenvolvida, com indicadores<br />

sociais compativeis com nosso potencial<br />

econbinico.<br />

Esta em plena marcha, coin resultados ani-<br />

madores, o programa de estabilizacao da<br />

economia. A inflacao, que configurava um<br />

quadro pol itito e social preocupante, situa-<br />

se agora pouco acima de zero e, num pri-<br />

meiro momento, chegou a baixar a indices<br />

negativos. A reforma restaurou os valores<br />

do'trabalho e da producao, acabou com a<br />

especulacao e devolveu aos brasileiros a<br />

esperanca perdida durante varios anos de<br />

escalada inflacionaria, de aviltamento sala-<br />

rial, de empobrecimento generalizado, que<br />

coin a persistencia desses problemas repre-<br />

sentavam pesada divida moral e social. O<br />

regime democratico tem agora condicao de<br />

enfrentar, coin objetividade, os graves pro-<br />

blemas que constituem a maior e a inais<br />

premente dhida da sociedade brasileira:<br />

nossa divida social e moral.<br />

Para essa tarefa inadiavel contamos hoje<br />

coin dois instrumentos poderosos: a deino-<br />

cracia, que canaliza as aspiracoes e dirige o<br />

processo decisori o em estreita sinton ia com<br />

a sociedade, e a transparencia e a previsibi-<br />

l idade reconquistadas no plano econoinico.<br />

Colocada sob essa perspectiva, a deinocra-<br />

cia, que propiciou o Plano econoinico, ga-<br />

nhara no Brasil a sua dimensao inais auten-<br />

tica, nao coino um fim em si mesma, inas<br />

coino uin processo destinado a levar o<br />

pals aos avancos indispensaveis h sua esta-<br />

bilidade politica e social. Como em toda a<br />

America Latina, a deinocracia nao e uina<br />

conquista acabada, inas um processo em<br />

permanente evolucao. <strong>No</strong>ssa independencia<br />

nao R uma data imovel no tempo: e uina lu-<br />

ta quotidiana, que esta longe de terminar,<br />

que apenas comecou.<br />

A Argentina, igualmente, vive epoca de inudancas.<br />

Retoma o seu destino de grande nacao<br />

e vislumbra o futuro coin %niino firme.<br />

Acima de diferencas de carater partidaria<br />

ou ideolbgico, o pals se mobiliza em torna<br />

de um projeto modernizador que abre no-<br />

vos horizontes para o aproveitamento dos<br />

seus notaveis recursos e potencialidades.<br />

A plenitude do estado de direito, o clima<br />

de absoluta liberdade e o respeito aos pa-<br />

droes de convivencia pacifica e deinocrati-<br />

ca sao tracos inarcantes da atualidade pol l-<br />

tica argentina. As conquistas e realizacoes<br />

logradas no campo econoinico-social aju-<br />

dam, por outro lado, a alicercar as bases<br />

da estabii idade e do progresso.<br />

A Ainerica Latina, e especialmente o Bra-<br />

sil, volta-se coin interesse solidario e reno-<br />

vado, para o impressionante movimento<br />

politico e social que transforma a Argenti-<br />

na de hoje, com reflexos beneficos para<br />

todo o Continente. E na confianca renasci-<br />

da de momentos coino este que o Conti-<br />

nente de San Martin e Bolivar se inspira<br />

para prosseguir em seu lento amadurecer,<br />

em seu obstinado destino de ser, de fato,<br />

um <strong>No</strong>vo Mundo.<br />

A licao que nossos paises oferecem ao mun-<br />

do e que a deinocracia cria raizes profundas<br />

na America Latina e que governo civil nao e<br />

sinoniino de instabilidade, de ingovernabili-<br />

dade. Ao contrario, e fonte de solucoes<br />

criativas, li berador de energias clvicas.<br />

O poder politico, sintese de todos os pode:<br />

res, e o unico que assegura a ordem susten-<br />

tada na lei, a obediencia ao direito e a justi-<br />

ca, a legitimidade capaz de construir a ver-<br />

dadeira e definitiva Historia nacional.<br />

Senhores parlamentares,<br />

Os vlnculos de fraterna amizade entre nos-<br />

sos dois palses, que se expressam em um in-<br />

tenso intercambio e proveitosa cooperacao,<br />

recebem hoje novo impulso. A deinocracia<br />

nos aproxima ainda inais. Os desafios cres-<br />

centes da realidade internacional nos esti-<br />

mulam a cooperar intensamente. As tran-<br />

formacoes por que passam os dois paises<br />

auinen tam o interesse de nossas relacoes.<br />

Ambos os povos assumem neste momento,<br />

perante a Histhia, um compromisso longa-<br />

Documento digitalizado pela equipe de Mundorama - Divulgação Científica em Relações Internacionais (http://www.mundorama.net).

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