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No. 50/1986

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O Grupo dos 77 vem dedicando grande<br />

parte de seu tempo a discuSsoes internas a<br />

fim de aplainar diferencas de percepcao que<br />

poderiam desvirtuar o esplrito de dialogo<br />

franco e legal que pretendemos manter com<br />

as nacoes industrializadas. Muitas de nossas<br />

iniciativas tem sido transferidas de um a ou-<br />

tro ano, sem qualquer recurso a voto, numa<br />

tentativa inequlvoca de preservar os ineca-<br />

nisinos de formacao de consenso.<br />

Nesse contexto, merece certamente registro<br />

a firmeza e a coragem com que os paises<br />

em desenvolviinento defenderam suas posi-<br />

coes na Reuniao Ministerial do GATT,<br />

realizada recentemente em Punta Del Este.<br />

Os resultados a que chegamos naquele en-<br />

contro equilibram posicoes inicialmente<br />

inuito divergentes e mostram coino o dialo-<br />

go entre os palses em desenvolviinento e as<br />

nacoes industrializadas pode chegar a bom<br />

terino.<br />

A declaracao dos Ministros em Punta Del<br />

Este faz referencia expressa ao vinculo<br />

entre a elaboracao de regras e principios<br />

para o coinercio de servicos e a necessidade<br />

de promover o desenvolviinento. Recorda-<br />

mos este ponto porque sabemos de sua iin-<br />

portancia vital nas negociacoes ora em cur-<br />

so em areas afins, principalmente as relacio-<br />

nadas coin a elaboracao de regras e princi-<br />

pios sobre transferencia de ciencia e tecno-<br />

logia e as vinculadas ao investimento estran-<br />

geiro enfeixadas no chamado Codigo de<br />

Conduta das Empresas Transnacionais. Co-<br />

mo af irinainos ein nosso discurso em Plena-<br />

rio na Assembleia Geral das Nacoes Unidas,<br />

o Brasil confia em que o consenso obtido<br />

em Punta Del Este sirva coino ponto de<br />

partida para negociacoes proveitosas a<br />

todos os membros da Comunidade Interna-<br />

cional.<br />

Senhor Presidente,<br />

A busca de uma nova ordem econbivica<br />

nao podera ficar, contudo, confinada ao<br />

dialogo <strong>No</strong>rtesul. A cooperacao econo-<br />

inica entre os paises em desenvolviinento,<br />

vale dizer: entre os paises membros de nos-<br />

so grupo, ja comeca a ser uma realidade.<br />

O Governo brasileiro nao esconde sua satis-<br />

facao com o sucesso da reuniao realizada<br />

ein Brasllia. de 19 a 23 de maio, quando se<br />

chegou ao acordo forinal sobre as modali-<br />

dades e procedimentos para o lancamento<br />

da primeira rodada de negociacoes do Sis-<br />

tema Geral de Preferencias Comerciais<br />

entre paises ein desenvolvimento.<br />

Por outro lado, a Declaracao do Cairo sobre<br />

a cooperacao econoinica entre paises em<br />

desenvolvimento veio mostrar a vitalidade<br />

do Programa de Acao de Caracas ao forinu-<br />

lar diretrizes realistas e objetivas para a<br />

acao futura. O Brasil considera favoravel-<br />

mente a iniciativa de se criar um Coinite de<br />

Peritos, constituido em obediencia aos<br />

principios classicos de representacao geo-<br />

grafica equitativa, com a finalidade de efe-<br />

tuar a selecao de projetos prioritarios.<br />

Ainda em consonancia com os objetivos de<br />

cooperacao com os palses em desenvolvi-<br />

mento e a luz das recomendacoes do Plano<br />

de Acao de Buenos Aires, o Brasil tem iin-<br />

pleinentado diversos prograinas de assisten-<br />

cia tecnica, em particular com os paises da<br />

Africa e da America Latina. Temos visitado<br />

varios palses irinaos latino-americanos e<br />

tambem na Africa, procurando pessoalmen-<br />

te buscar novas areas de cooperacao e de<br />

mutua assistencia entre paises em desenvol-<br />

Cimento. Temos confianca de que estes<br />

contactos tenderao a fortalecer ainda mais<br />

os lacos de amizade e cooperacao entre os<br />

palses membros desse qruDo.<br />

Conscientes de que sao limitadas as nossas<br />

possibilidades para os prograinas de assis-<br />

tencia tecnica, temos apoiado os prograinas<br />

inulti laterais de assistencia das Nacoes Uni-<br />

das, e em especial o PNUD. Esta teinatica<br />

deveria receber atencao cuidadosa por parte<br />

do grupo dos 77. Solicitamos, assim, com-<br />

preensao dos principais paises desses pro-<br />

gramas para que se associem a estas inicia-<br />

t ivas.<br />

Senhor Presidente,<br />

Pretendemos trazer a palavra de amizade e<br />

Documento digitalizado pela equipe de Mundorama - Divulgação Científica em Relações Internacionais (http://www.mundorama.net).

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