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No. 50/1986

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A comunidade internacional esta no limiar<br />

de decisoes inadiaveis, com vistas a tornar<br />

concretamente inviavel a tentativa de Pre<br />

toria de perpetuar aquele nefando regime. O<br />

Brasil continuara a lutar pela criacao de<br />

condicoes para a solucao dessa questao, ine<br />

gavelinente priori taria, diante da explosiva<br />

conjuntura sul-africana e da situacao critica<br />

dos palses da linha de frente, submetidos a<br />

agressoes de toda ordem - ilegitimas, injus-<br />

tificaveis. Aquelas valorosas e sacrif icadas<br />

nacoes einp.restainos nossa firme solidarie<br />

dade.<br />

<strong>No</strong> Oriente Medio, o ciclo da violencia tam-<br />

bem se perpetua. O Brasil reitera sua cons-<br />

ternacao pelos atentados praticados no Li-<br />

bano, pals com o qual tetrios vinculos tra-<br />

dicionais, e cuja plena autodeterminacao<br />

desejamos ver respeitada.<br />

As bases para uina paz justa e duradoura no<br />

Oriente Medio devem, obrigatoriamente, in-<br />

cluir a devolucao dos territorios abares ocu-<br />

pados desde 1967, o respeito ao direito do<br />

povo palestino a autodeterininacao e inde<br />

pendencia em seu proprio territorio e a ne<br />

cessidade de que todos os Estados da Re-<br />

giao, inclusive Israel, possam existir em paz,<br />

dentro de fronteiras internacionalmente re<br />

conhecidas.<br />

O Brasil acompanha tambem, com preocu-<br />

pacao, o desenvolvimento do conflito entre<br />

o Ira e o Iraque. Lamentamos que esses<br />

dois paises nao tenham conseguido ainda<br />

resolver suas diferencas de modo pacifico e<br />

renovamos nosso apelo para uina imediata<br />

cessacao das hostil idades.<br />

Crises e conflitos prolongados ocorrem<br />

igualmente em outras partes do inundo. E o.<br />

caso do Afeganistao e do Cainpucheia,<br />

onde se violam o direito autodeterininacao<br />

e o principio de nao-ingerencia. Nao<br />

cessara a violencia nessas regioes enquanto<br />

persistirem a ocupacao estrangeira e a repressao<br />

3 livre manifestacao da vontade<br />

popular.<br />

Outra questao a preocupar o Brasil e os<br />

demais pa fses latino-americanos 6 a -das<br />

I lhas Malvinas. Desde 1833 temos apoiado<br />

clara e invariavelmente os direitos sobera-<br />

nos da republica Argentina sobre aquele<br />

territorio e temos insistido na necessidade<br />

de uma solucao pacifica e negociada para a<br />

disputa. E indispensavel que se restabeleca<br />

u dialogo entre as partes envolvidas.<br />

Na America Central, o agravamento de pro-<br />

blemas econoinicos e sociais de natureza es-<br />

trutural continua a somar-se a persistencia<br />

de um clima de tensao, acirrado pela con-<br />

frontacao ideologica. O Brasil mantem-se<br />

firmemente persuadido de que so dentro do<br />

respeito aos principios da nao-intervencao e<br />

da autodeterininacao dos povos, em clima<br />

de dialogo e compreensao mutua, podera<br />

ser alcancada uina solucao duradoura para<br />

o conflito. Coin essa conviccao, meu pais<br />

tem procurado colaborar para o entendi-<br />

mento, por meio de sua participacao no<br />

grupo de apoio ao processo de Contadora.<br />

Senhor Presidente,<br />

Quando nos reunimos em Sao Francisco,<br />

para elaborar a Carta das Nacoes Unidas,<br />

movia-nos a preocupacao de definir como<br />

deveria ser o inundo que legariamos as gera-<br />

coes futuras. Pouco depois, um aconteci-<br />

mento de proporcoes apocal lpticas alterou<br />

radicalmente as proprias premissas em que<br />

se assentaram as negociacoes em torno do<br />

novo ordenamento internacional.<br />

A explosao da primeira bomba nuclear em<br />

Hiroxima revelou que o homem passava a<br />

ter uma arma capaz de destrul-lo como<br />

especie e a todo o mundo em que vivemos.<br />

Desde entao, o problema dos armamentos<br />

nucleares so fez agravar-se. A cada dia e<br />

mais intenso o risco de um conflito global<br />

- global e final.<br />

E assustador o processo de acao e reacao<br />

que tem levado a letal espiral armamentis-<br />

ta a patamares cada vez mais elevados. Cau-<br />

sam-nos, 'igualmente, profunda apreensao as<br />

perspectivas de dssencadeamento de uma<br />

corrida armamentista no espaco.<br />

Documento digitalizado pela equipe de Mundorama - Divulgação Científica em Relações Internacionais (http://www.mundorama.net).

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