No. 50/1986
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ministro dos negocios<br />
estrangeiros de portugal<br />
visita o brasil<br />
Discursos do Ministro de Estado das Relacoes Exteriores,<br />
Roberto de Abreu Sodr6, e do Ministro dos Negocios<br />
Estrangeiros de Portugal, Pedro Pires de Miranda, no Palacio<br />
do Itamaraty, em Brasllia, em 19 de agosto de <strong>1986</strong>, por<br />
ocasiao de almoco oferecido ao Chanceler portugues.<br />
DISCURSO DO CHANCELER BRASILEIRO<br />
Excelentissiino Senhor Ministro Pires Mi-<br />
randa.<br />
Permita-me, inicialmente, renovar, em<br />
nome do Governo brasileiro, nosso mais<br />
sincero agradecimento ao Governo e ao<br />
povo portugues pela inaneira fidalga e cari-<br />
nhosa com que receberam o Presidente Jose<br />
Sarney e sua comitiva em maio deste ano.<br />
A presenca de Vossa Excelencia em Brasllia<br />
nos recorda aqueles dias intensos e tao iin-<br />
portantes para as relacoes entre nossos dois<br />
paises. Esperamos poder retribuir, agora, e<br />
a altura, a hospitalidade portuguesa, naque-<br />
la ocasiao tao generosamente demonstrada.<br />
Ao regressar daquela ineinoravel visita, in-<br />
cumbiu-me o Presidente Jose Sarney de ga-<br />
rantir a concretizacao de todos os projetos<br />
entao suscitados.<br />
A presenca de Vossa Excelencia em Br?si-<br />
lia, para a Reuniao de Consultas Politicas, e<br />
passo de relevo nessa direcao, que e a do re-<br />
vigorainento de nossas relacoes.<br />
O momento histbrico se presta como nunca<br />
a tao elevado designio. A fraternidade es-<br />
pontanea, a coinuin heranca de I ingua e de<br />
cultura, somam-se hoje a convergencia dos<br />
regimes politicos e a simultaneidade das<br />
transforinacoes econ6in icas.<br />
Brasil e Portugal viveram longainente a ex-<br />
periencia autoritaria, a qual, a par de seus<br />
aspectos negativos no ainbito interno, ini-<br />
be a atividade diplomatica e torna timida<br />
a imaginacao politica. Revitalizar o relacio-<br />
namento bilateral faz-se mais facil quando a<br />
vontade politica de ambos Governos einpe-<br />
nha o consenso popular em seus compro-<br />
missos externos.<br />
<strong>No</strong> campo econoinico, igual mente, uma fe-<br />
liz sincron ia entre nossos respectivos mo-<br />
mentos nacionais, e regionais, abre possi-<br />
bilidades consideraveis. O Brasil do cruzado<br />
-moeda de esperanca cujo nome nos traz res-<br />
sonancia portuguesa - volta a acreditar no<br />
crescimento e na justica social; abre-se para<br />
uma integracao de importancia historica,<br />
que antecede e prepara um esperado inerca-<br />
do coinuin latino-americano; e ativa sua ir-<br />
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