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No. 50/1986

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mensagem do presidente<br />

jose sarney no dia<br />

da namibia<br />

Mensagem do Presidente Jose Sarney ao Secretario<br />

Geral da ONU e ao Presidente do Conselho das<br />

Nacoes Unidas para Namibia, enviada em 26 de<br />

agosto de <strong>1986</strong>, por ocasiao da comemoracao do<br />

Dia da Namibia.<br />

<strong>No</strong> ano passado, tive a oportunidade de afirmar, perante<br />

a Assembleia Geral, que nos causa revolta no Brasil, onde<br />

a discriminacao racial e ilegal e e crime previsto no Codi-<br />

go Penal, ver a persistencia de configuracbes coloniais di-<br />

tadas pela intolerancia racista.<br />

Reiterei solenemente, naquela oportunidade, nossa total<br />

condenacao ao apartheid e nosso apoio sem reservas a<br />

independencia da Namibia sob a egide das Nacoes Unidas.<br />

Enviei mensagem ymelhante a Conferencia sobre Sancoes<br />

contra a Africa do sul, recentemente realizada em Paris.<br />

Nao cessaremos de expressar nosso repudio em relacao a<br />

situacao da Namibia. Nesta ocasiao, desejo reafirmar, um?<br />

vez mais, nosso compromisso com a causa do povo da Na<br />

mibia e nosso apoio a luta da SWAPO, seu unico e legiti.<br />

mo representante, em favor da independencia daquele ter-<br />

ritorio, em conformidade com a Resolucao 435 (1978) do<br />

Conselho de Seguranca.<br />

Tentativas do regime aparteista de estabelecer um "gover-<br />

no provisorio" em Windhoek, em desrespeito as resolu-<br />

coes relevantes do Conselho de Seguranca e da Assem<br />

bleia Geral, bem como a imposicao de condicoes estranhas<br />

a materia para a concessao de independencia a Namibia,<br />

sao apenas coerentes com a pratica de agressao aberta<br />

que a Africa do Sul vem seguindo contra seus vizinhos<br />

pacificos.<br />

Tais pollticas nao prevalecerao. Estou confiante de que,<br />

apesar dos esforcos desesperados da Africa do Sul para re-<br />

verter o curso da Historia, esta-se aproximando rapida-<br />

mente o dia em que testemunharemos a implementacao<br />

plena da Resolucao 435, juntamente com a acessao da<br />

Namlbia a independencia, de modo que a paz e a segu-<br />

ranca possam, finalmente, ser compartilhadas por todos os<br />

palses africanos amantes da paz.<br />

Jose Sarney<br />

Presidente da Republica Federativa do Brasil<br />

abreu sodre propoe inclusao<br />

do tema atlantico sul no<br />

programa da assembleia<br />

da onu<br />

1 34<br />

Carta do Ministro de Estado das Relacoes<br />

Exteriores, Roberto de Abreu Sodre, ao Secretario<br />

Geral da Oganizacao das Nacoes Unidas, Javier<br />

Perez de Cuellar, propondo a inclusao do tema<br />

"Zona de Paz e Cooperacao do Atlantico Sul" no<br />

programada 41? Sessao da AssembMia Geral das<br />

Nacoes Unidas. A carta foi enviada em 29 de maio<br />

de <strong>1986</strong> e divulgada pelo Palacio do latamaraty,<br />

em Brasllia, em 17 de setembro de <strong>1986</strong>.<br />

AI inaugurarse el cuadragesimo periodo de sesiones de Ia<br />

Asamblea General de Ias Naciones Unidas el 23 de sep<br />

tiembre de 1985, el Presidente Jose Sarney dijo lo siguien-<br />

te:<br />

"E1 Brasil desplegara todos 10s esfuerzos posibles para<br />

preservar el Atlantico meridional como un area de paz,<br />

protegldo de Ia carrera de armamentos, de Ia presencia de<br />

armas nucleares y de cualquier otra forma de enfrenta-<br />

miento originado en otras regiones."<br />

El Atlantico meridional es una region con identidad pro-<br />

pia. Los pafses en desarrollo de Ia region - de America<br />

Latina y Africa - comparten problemas e intereses simi-<br />

lares en Ias esferas de1 desarrollo economico, el bienestai'<br />

social y Ia paz. Muchos de ellos dependen grandemente<br />

de1 oceano para Ia subsistencia misma de sus problaciones.<br />

Estas naciones tienen una preocupacion vital y una rek<br />

ponsabilidad especial por propiciar .un clima conducente<br />

al entendimiento y Ia cooperacion entre toda Ia comuni-<br />

dad de Ia region.<br />

La abominable situaci6n imperante en SudBfrica y Nami-<br />

bia y Ias amenazas que para Ia paz y Ia seguridad mundia-<br />

les y regionales plantea el regimen de1 apartheid son causa<br />

de grave inquietud.<br />

La comunidad internacional, ademas, ha venido 0bse~an-<br />

do tendencias recurrentes de fortalecimiento de1 podbrio<br />

militar naval, tanto cuantitativo como cualitativo, con Ia<br />

consiguiente proliferacion geografica de Ias armas nuclea-<br />

res, sin respetar el derecho de 10s palses que no poseen ar-<br />

mas nucleares a vivir en paz y seguridad.<br />

La independencia de Namibia y Ia eliminacion de1 regimen<br />

racista de1 apartheid son condiciones esenciales para ga-<br />

rantizar la paz y la seguridad en el Atlantico meridional.<br />

Por lo mismo, 15s fundamental excluir de Ia region Ias ten-<br />

siones y 10s enfrentamientos a 10s que es ajena.<br />

A este respecto, Ia declarahn de1 Atlantico meridional<br />

como zona de paz y cooperacion es un corolario logico de<br />

otras sobresalientes iniciativas, como el Tratado de Tlate-<br />

lolco para Ia proscripcion de Ias armas nucleares en Ame-<br />

rica Latina y de Ia Declaracion sobre Ia Desnuclearizacion<br />

de Africa aprobada por Ia Organizacion de Ia Unidad Afri-<br />

cana.<br />

El establedmiento de una zona de paz y coopearcion en<br />

el Atlantico meridional coadyuvarfa en forma significativa<br />

a fomentar Ia paz universal, sustentada en Ia igualdad de<br />

Documento digitalizado pela equipe de Mundorama - Divulgação Científica em Relações Internacionais (http://www.mundorama.net).

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