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No. 50/1986

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Senhor Ministro,<br />

Ein seu discurso perante a Assembleia da<br />

Republica Portuguesa, em inaio ultimo, o<br />

Presidente Sarney afirinava: "Vim propor-<br />

Ihes uina nova era das nossas relacoes. Uina<br />

era que faca do patriinbnio do passado e da<br />

fraternidade e da comunhao de valores e<br />

sentimentos uina fonte de impulso reais<br />

de aproximacao, de coordenacao e de con-<br />

vivencia". O exito manifesto daquela visita,<br />

os resu I tados que ja vai alcancando nos pro-<br />

jetos definidos naquela ocasiao, e a grata<br />

presenca de Vossa Excelencia entre nos<br />

mostram que Brasil e Portugal estao prepa-<br />

rados para a sintese essencial entre seu<br />

passado e seu futuro, entre as antigas nave-<br />

gacoes que nos fizeram, aos brasileiros, e<br />

as novas, que faremos juntos.<br />

Quero convidar todos os presentes a brin-<br />

dar pela felicidade do Presidente Mario<br />

Soares e do Primeiro-Ministro Cavaco e<br />

Silva, pelo continuado exito da missao de<br />

Vossa Excelencia A frente da diplomacia<br />

portuguesa e pela prosperidade do povo de<br />

Portugal.<br />

DISCURSO DO CHANCELER PORTUGUES<br />

Sinto uina grande honra e uma grande satis-<br />

facao pessoal ao ser recebido desta maneira,<br />

tao cativante, por Vossa Excelencia, Senhor<br />

Ministro, e por todas as autoridades brasi-<br />

leiros com quem tive ja oportunidade de<br />

ine avistar.<br />

Permita-me Vossa Excelencia que coinece<br />

por referir os meus sentimentos pessoais.<br />

E talvez menos protocolar, mas e certa-<br />

mente inais verdadeiro e, portanto, inais<br />

adequado entre irmaos que se estimam,<br />

coino brasileiros e portugueses que soinos.<br />

Acontece que eu tive a felicidade de viver e<br />

trabalhar em terra brasileira durante algum<br />

tempo. Por experiencia propria conheco,<br />

assim, nao so as extraordinarias qualidades<br />

humanas dos brasileiros, coino as imensas<br />

potencialidades da grande nacao que e o<br />

Brasil. Julgo, por isso, ter uma consciencia<br />

clara da poderosa realidade econoin ica, cul-<br />

tural e politica que e o Brasil de hoje, gran-<br />

de potencia mundial de que Portuga'l se<br />

orgulha de ter decisivamente contribuido<br />

para formar.<br />

Mas e na qualidade de inernbro do governo<br />

portugues que aqui me encontro. Nesta<br />

qualidade, gostaria antes de inais de ine<br />

congratular pu bl icainente por poder parti-<br />

cipar, como Ministro dos Negocios Estran-<br />

geiros, no aprofundainento activo desta<br />

nova e promissora fase das relacoes entre o<br />

Brasil e Portugal, fase auspiciosainente<br />

inaugurada durante a historica visita que<br />

em inaio passado nos fez o Presidente Sar-<br />

ney.<br />

Nada ficara como dantes depois desta me<br />

moravel visita. A vontade politica entao<br />

expressa pelo Presidente Jose Sarney e res-<br />

ponsaveis pol iticos portugueses ficou bem<br />

clara: estava chegada a hora de as relacoes<br />

entre as democracias brasileira e portuguesa<br />

passarem das palavras e das boas intencoes<br />

ao plano das realidades concretas. O cari-<br />

nho fraternal com que brasileiros e portu-<br />

gueses se encaram mutuamente e certainen-<br />

te um valor relevante e que importa preser-<br />

var, quanto mais nao sejam pelo que revela<br />

os sentimentos profundos que nos unem.<br />

Mas temos de ir alem dos seritimentos e da<br />

sua expressao verbal. E precisamente isto<br />

que estamos a fazer.<br />

E, assim, no espirito de contribuir para a<br />

concretizacao das orientacoes e ideias ven-<br />

tiladas durante a visita do Presidente Sar:<br />

ney a Portugal, que gosto%mente aceitei<br />

o amavel convite do governo brasileiro para<br />

visitar oficialmente este pais. Trata-se de<br />

uina visita de trabalho, e trabalho essencial-<br />

mente politico, durante a qual ja tivemos,<br />

e teremos ainda, oportunidade para dar pas-<br />

sos seguros e positivos no sentido de alicer-<br />

car uina nova era no relacionamento entre<br />

os nossos dois Estados.<br />

Deinocratas coino soinos, acreditamos na<br />

'liberdade, com tudo o que ela implica, des-<br />

Documento digitalizado pela equipe de Mundorama - Divulgação Científica em Relações Internacionais (http://www.mundorama.net).

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