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Anais VII SIC - UERN

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<strong>Anais</strong> do <strong>VII</strong> <strong>SIC</strong> 1128<br />

<strong>VII</strong> Salão de Iniciação Científica da <strong>UERN</strong> de 17 a 18 de outubro de 2011<br />

parece indicar que o falante considera o uso de reflexivos mais apropriados para textos<br />

menos formais.<br />

A seguir vejamos algumas amostras coletadas de ocorrências de orações reflexivas e<br />

de mediais:<br />

(01) ... a esposa dele ... ficou tão feliz com a caça ... tão feliz ... porque<br />

agora tinha alimento que começou a cheirar o cachorro ... a beijar e<br />

lamber o sangue pra aproveitar do cachorro ... horrível a necessidade<br />

né? o que que num faz e:: depois pegaram a caça né ... (a esposa e o<br />

esposo) se alimentaram e pronto ... estavam feliz ... (Glislaine,<br />

Ensino Superior, Narrativa recontada, oral).<br />

A oração em (01) apresenta dois participantes, verbo de ação (alimentaram), aspecto<br />

perfectivo (porque a ação foi concluída), verbo pontual (ação não durativa), sujeito<br />

intencional (alimentaram...), oração afirmativa, modo realis (corresponde a um evento<br />

real), sujeito agente e paciente beneficiário. Temos então uma oração reflexiva prototípica,<br />

nos moldes de Kemmer (1993 e 2003). Para a autora os eventos reflexivos apresentam dois<br />

papéis semânticos (agente e paciente), e apenas uma entidade envolvida (geralmente o<br />

sujeito), que desempenha dois papéis numa determinada situação.<br />

Diferentemente, eventos mediais apresentam em sua estrutura argumental, apenas um<br />

participante que é afetado pela ação expressa pelo verbo, porém essa ação não parte mas<br />

recai sobre ele mesmo, ou seja, o sujeito sofre uma ação que semanticamente não é<br />

praticada por ele. Vejamos a figura 2:<br />

Construções mediais<br />

9<br />

6 6<br />

2 2 2<br />

0<br />

Carlos Diva Glislaine Ítalo<br />

6<br />

Oral<br />

Escrita<br />

Figura 2 – coleta de dados das construções mediais nas modalidades oral e escrita<br />

Percebe-se, na figura 2, a distribuição de sentenças mediais na língua falada e escrita.<br />

Além disso, podemos observar que sua ocorrência se dá em maior número na modalidade<br />

oral, e, em menor grau na escrita, ratificando que as inovações na língua ocorrem primeiro<br />

na fala. Um fato curioso ocorre com os dados da informante Diva os quais se opõem ao<br />

que se era esperado. Assim, vê-se que o uso do evento medial é mais produtivo na escrita<br />

que na fala.<br />

Na amostra (2):<br />

(02)...Já bem quase nas imediações do Hotel Vila do Mar encontramos<br />

uma árvore imensa não só na copa mas também na raiz. O mais<br />

impressionante é que a árvore se mantinha de pé mesmo com<br />

ISBN: 978-85-7621-031-3

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