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Anais VII SIC - UERN

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<strong>Anais</strong> do <strong>VII</strong> <strong>SIC</strong> 1142<br />

A construção dos dados e instrumentos da pesquisa.<br />

Os dados foram coletados no período de fevereiro 2011 a maio de 2011. Para essa<br />

efetivação foi realizada uma roda de conversa em duas escolas públicas da cidade de Assú, RN. A<br />

diversidade dos lugares de fala possibilitou uma melhor interpretação dos dados coletados e<br />

contribuiu para que estes não se constituíssem em contexto unilateral<br />

Na roda de conversa foram problematizadas algumas histórias envolvidas pela temática<br />

etnicorracial. As provocações foram feitas pela professora Francisca Ramos-Lopes, coordenadora do<br />

projeto PIBIC (A escola e os amigos) auxiliadas pelo graduando/bolsista Francisco Allyson Rocha. Essa<br />

"provocação” se deu de a partir da leitura e reflexão de histórias de vida da Tese de Doutorado de<br />

Ramos-Lopes (2010) e de um clássico da literatura brasileira intitulado: Menina bonita do laço de fita<br />

da escritora Ana Maria Machado (2000). O interesse foi que, por meio dos textos expostos, os alunos<br />

pudessem construir e (re) construir suas impressões sobre a temática etnicorracial e resgatarem<br />

momentos de suas vidas em que o assunto abordado se fez presente.<br />

Nas rodas de conversas realizaram-se entrevistas semiestruturadas, as quais foram<br />

consideradas nessa pesquisa como narrativas escritas, tendo em vista que o diálogo estabelecido<br />

possibilitou aos sujeitos contarem oralmente e registrarem por escrito fatos vivenciados ou<br />

presenciados em suas vidas em relação ao tema exposto. A esse respeito, Dutra (2002, p. 374)<br />

afirma:<br />

Através da narrativa, podemos nos aproximar da experiência, tal como ela é vivida<br />

pelo narrador. A modalidade da narrativa mantém os valores e percepções<br />

presentes na experiência narrada, contidos na história do sujeito e transmitida<br />

naquele momento para o pesquisador. O narrador não “informa” sobre sua<br />

experiência, mas conta sobre ela, dando oportunidade para que o outro a escute e a<br />

transforme de acordo com a sua interpretação, levando a experiência a uma maior<br />

amplitude [...]. A narrativa tem capacidade de suscitar, nos seus ouvintes, os mais<br />

diversos conteúdos e estados emocionais, uma vez que, diferentemente da<br />

informação, ela não nos fornece respostas. Pelo contrário, a experiência vivida e<br />

transmitida pelo narrador nos sensibiliza, alcança-nos nos significados que<br />

atribuímos à experiência, assimilando-a de acordo com a nossa.<br />

Nesse sentido, Moita Lopes (2002) descreve a narrativa como instrumento que permite<br />

a realização de jogos de significado da história narrada. No entanto, essas narrativas podem variar<br />

entre orais e escritas (CHIZZOTI, 2005; ROLLEMBERG, 2003). Nesta produção se determinou que<br />

fossem analisadas as narrativas escritas pelos sujeitos colaboradores (alunos), as quais, posteriormente,<br />

foram organizadas em uma versão digital e impressas pelo bolsista da pesquisa. As questões que<br />

nortearam a discussão (entrevistas semiestruturadas), consideradas como narrativas escritas foram:<br />

a) Na sua opinião, como em sua escola e na sociedade são tratados as<br />

pessoas negras, homossexuais, deficientes físicos,os pobres etc.? Cite algum<br />

exemplo.<br />

b) Na sua escola é comum os docentes trabalharem temáticas que falem<br />

sobre preconceito, negritude, discriminação, igualdade social, respeito à<br />

diversidade? Comente.<br />

A utilização desses instrumentos possibilitou a construção do corpus desta pesquisa, ou<br />

seja, 61 depoimentos a serem analisados parcialmente neste trabalho e disponibilizados ao Banco de<br />

dados do Grupo de pesquisa PRADILE (Práticas discursivas linguagens e ensino- <strong>UERN</strong>, CAWSL,<br />

Depto de Letras, Assu, RN) para trabalhos futuros que venham a ser desenvolvidos com a temática.<br />

ISBN: 978-85-7621-031-3

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