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Mariangela de Oliveira Gomes Setti - Programa de Pós-Graduação ...

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Buscamos em meio a inúmeras possibilida<strong>de</strong>s, um referencial teórico que <strong>de</strong>sse<br />

suporte às nossas necessida<strong>de</strong>s. Embora o conceito <strong>de</strong> ‘obstáculo epistemológico’ seja<br />

normalmente associado ao <strong>de</strong>senvolvimento histórico <strong>de</strong> um conceito, optamos por adaptá-lo<br />

ao nosso problema, uma vez que o objeto <strong>de</strong> estudo estava ligado à forma <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r um<br />

conhecimento.<br />

Consi<strong>de</strong>rando os resultados dos trabalhos analisados, aliados à nossa experiência<br />

docente, tínhamos como hipóteses que a estrutura <strong>de</strong> repetição fosse um obstáculo à passagem<br />

do raciocínio matemático para o correspon<strong>de</strong>nte computacional. Com o objetivo <strong>de</strong> buscar<br />

subsídios para avaliar esta hipótese, realizamos o primeiro estudo <strong>de</strong> caso <strong>de</strong>scrito na seção<br />

7.1. As conclusões <strong>de</strong>ste estudo reforçaram esta hipótese, porém motivaram outros<br />

questionamentos, tais como:<br />

1. As formas <strong>de</strong> representação, utilizadas no ensino <strong>de</strong> algoritmos, promovem a<br />

conversão <strong>de</strong> registros <strong>de</strong> representação semiótica, necessária à passagem do<br />

raciocínio matemático ao correspon<strong>de</strong>nte computacional<br />

2. Os alunos, capazes <strong>de</strong> resolver problemas matemáticos, também são capazes <strong>de</strong><br />

resolver problemas computacionais<br />

3. A dificulda<strong>de</strong> dos alunos está em elaborar o raciocínio matemático, necessário para<br />

conceber a solução matemática, ou está no processo <strong>de</strong> discretização envolvido na<br />

transformação do raciocínio matemático no correspon<strong>de</strong>nte computacional<br />

Frente a estes questionamentos, fez-se necessário uma investigação mais profunda<br />

sobre os registros <strong>de</strong> representação semiótica mobilizados para representar o pensamento<br />

computacional. Concluímos, então, que o fenômeno da não-congruência presente na<br />

passagem das unida<strong>de</strong>s significantes no registro <strong>de</strong> partida em linguagem natural, ou<br />

algébrica, para as unida<strong>de</strong>s significantes no registro <strong>de</strong> chegada, em linguagem<br />

computacional, são mais um fator produtor <strong>de</strong> obstáculos à aprendizagem. Além disso,<br />

fizemos uma análise dos tipos <strong>de</strong> representação mais utilizados para o ensino <strong>de</strong> algoritmos e<br />

concluímos que, embora existam diversas formas <strong>de</strong> representação, como as citadas na seção<br />

4.5, o pseudocódigo é priorizado, tendo as <strong>de</strong>mais, papel secundário.<br />

Com este cenário, realizamos algumas ativida<strong>de</strong>s em três turmas <strong>de</strong> introdução à<br />

programação, do Curso <strong>de</strong> Tecnologia em Informática, da UTFPR, que pu<strong>de</strong>ssem dar<br />

subsídios para avaliar nossas hipóteses e respon<strong>de</strong>r a alguns <strong>de</strong> nossos questionamentos. As

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