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Mariangela de Oliveira Gomes Setti - Programa de Pós-Graduação ...

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36<br />

CAPÍTULO 4<br />

Aspectos Didáticos e Epistemológicos na Aprendizagem <strong>de</strong><br />

Algoritmos<br />

Visando construir uma base teórica para este trabalho, pesquisamos assuntos ligados à<br />

Educação Matemática, bem como à Educação e Informática. Neste capítulo, apresentaremos<br />

os aspectos relevantes e que tiveram maior influência em nossa pesquisa.<br />

O primeiro item abordado está relacionado à matemática discreta, consi<strong>de</strong>rando a<br />

estreita relação existente entre ela e os algoritmos; em seguida, discutimos o conceito <strong>de</strong><br />

obstáculo epistemológico e a conexão com o processo <strong>de</strong> ensino e aprendizagem <strong>de</strong><br />

algoritmos; por fim, aplicamos a teoria <strong>de</strong> registros <strong>de</strong> representação semiótica à<br />

representação <strong>de</strong> algoritmos e analisamos sua importância para o ensino/aprendizagem dos<br />

mesmos.<br />

4.1- Matemática Discreta e Algoritmos<br />

Entre os aspectos que relacionam os algoritmos com a matemática discreta, <strong>de</strong>stacamos<br />

o fato <strong>de</strong> eles serem tipos <strong>de</strong> procedimentos que possuem um número finito <strong>de</strong> passos, o que<br />

coloca em evidência, a sua natureza discreta.<br />

Nosso interesse pela matemática discreta não está apenas no fato <strong>de</strong> ela trabalhar com<br />

soluções para problemas por meio <strong>de</strong> um número finito <strong>de</strong> passos, mas na forma <strong>de</strong> elaborar<br />

raciocínios que possam ser expressos em uma sequência finita <strong>de</strong> passos. Como o ser humano<br />

não está acostumado a “discretizar” suas ações, esta é a primeira barreira a ser vencida na<br />

aprendizagem <strong>de</strong> algoritmos.<br />

Para Friedmann (2003), agentes computacionais, humanos ou não, efetuam cálculos <strong>de</strong><br />

maneira discreta, mesmo para solucionar problemas relacionados à matemática contínua, ou<br />

seja, do ponto <strong>de</strong> vista computacional há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discretizar o que é teoricamente<br />

contínuo. Isso evi<strong>de</strong>ncia o sentido oposto do que geralmente se faz quando se trabalha com<br />

mo<strong>de</strong>los, em que há uma tendência <strong>de</strong> utilizar mo<strong>de</strong>los contínuos para explicar e resolver<br />

problemas que também po<strong>de</strong>riam ser estudados <strong>de</strong> maneira discreta.<br />

A Matemática possui ferramentas que permitem trabalhar teoricamente com sequências<br />

<strong>de</strong> cálculos que nem sempre são possíveis na prática. Os casos que tratam <strong>de</strong> divisões

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