Mariangela de Oliveira Gomes Setti - Programa de Pós-Graduação ...
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Segundo Haundhausen (2000), os exercícios motivaram os alunos a trabalharem com<br />
mais afinco e com mais motivação. Sua <strong>de</strong>scoberta mais importante é que as ferramentas<br />
convencionais existentes para visualização <strong>de</strong> programas po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>sviar a atenção dos alunos<br />
dos conceitos realmente importantes do curso. Ele sugere que a partir <strong>de</strong>sses resultados sejam<br />
realizados rigorosos estudos empíricos para testá-los.<br />
Com relação aos aspectos pedagógicos da utilização da Visualização <strong>de</strong> <strong>Programa</strong>s,<br />
consi<strong>de</strong>rando que o ser humano tem diferentes estilos <strong>de</strong> aprendizagem, a visualização po<strong>de</strong><br />
clarear conceitos complexos, possibilitando ao aluno <strong>de</strong>senvolver mo<strong>de</strong>los mentais para<br />
representá-los em forma <strong>de</strong> algoritmo.<br />
Segundo Ben Ari (2001), o construtivismo diz que cada indivíduo cria estruturas<br />
cognitivas (mo<strong>de</strong>los) durante a aprendizagem. Dados sensitivos são combinados com o<br />
conhecimento existente para criar novas estruturas cognitivas, que se tornam base para outras<br />
construções. O conhecimento também é criado, cognitivamente, por meio da reflexão sob<br />
conhecimentos existentes. Ele compara a visualização com o construtivismo, pois ela auxilia<br />
na construção do conhecimento, consi<strong>de</strong>rando que o aluno po<strong>de</strong> controlar sua ativida<strong>de</strong> e tem<br />
retorno imediato. Em ambos os casos, o conhecimento é construído <strong>de</strong> forma ativa.<br />
Já a <strong>Programa</strong>ção Visual é caracterizada por Costelloe (2004b) como o uso <strong>de</strong><br />
componentes visuais para construir um programa, sem representação textual, atrás <strong>de</strong><br />
representações gráficas, e como exemplo po<strong>de</strong>mos citar a linguagem <strong>de</strong> programação Visual<br />
Basic (VB). Humel (2002) afirmou que, apesar do Visual Basic ser a linguagem <strong>de</strong><br />
programação mais popular dos EUA, não é muito utilizada nos cursos <strong>de</strong> Ciência da<br />
Computação. Uma das razões para que isso venha ocorrendo é o fato do mercado estar<br />
solicitando cada vez mais programadores em linguagem Java.<br />
Entretanto, em algumas experiências, como na Saint Xavier University, pesquisadores<br />
concluíram que, para introduzir a programação, a linguagem Visual Basic seria uma opção<br />
mais a<strong>de</strong>quada, se comparada com as linguagens tradicionais.<br />
Harris (2000) relacionou as linguagens mais utilizadas em cursos <strong>de</strong> introdução à<br />
programação, cuja relação está apresentada na Quadro 6. Ele também analisou a dicotomia<br />
entre a rejeição do Visual Basic pela aca<strong>de</strong>mia e a aceitação pela comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
programadores.