Mariangela de Oliveira Gomes Setti - Programa de Pós-Graduação ...
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seguintes etapas:<br />
• Análise do enunciado do problema proposto, i<strong>de</strong>ntificando os dados (variáveis) <strong>de</strong><br />
entrada e saída.<br />
• Definição das ações necessárias para que, baseados nos dados <strong>de</strong> entrada, seja<br />
possível obter os dados <strong>de</strong> saída <strong>de</strong>sejados.<br />
• A escolha <strong>de</strong> uma seqüência <strong>de</strong> passos para que estas ações sejam realizadas.<br />
• Escrita do algoritmo na linguagem escolhida (fluxograma, pseudocódigo,<br />
linguagem C, etc.).<br />
Entretanto, <strong>de</strong>ve-se observar que, como o algoritmo representa a solução do problema,<br />
o fenômeno da não-congruência é um fato. Consi<strong>de</strong>rando que nesse processo, são mobilizados<br />
diferentes tipos <strong>de</strong> registros <strong>de</strong> representação, partindo <strong>de</strong> um registro multifuncional, a<br />
linguagem natural, na qual possivelmente foi elaborado o enunciado, passando para um<br />
registro monofuncional, que po<strong>de</strong> ser: algébrico, numérico ou simbólico. Nessa fase, po<strong>de</strong><br />
haver a utilização <strong>de</strong> um registro misto, pois em alguns momentos a linguagem natural é<br />
utilizada em conjunto com a linguagem algébrica, simbólica e com o pseudocódigo.<br />
Finalmente, o algoritmo é escrito, utilizando um registro também monofuncional, o qual<br />
chamamos <strong>de</strong> registro computacional.<br />
Novamente, é importante distinguirmos o que Duval (2003) chama <strong>de</strong> algoritmo, ao<br />
fazer a classificação dos registros monofuncionais. Para ele, registros monofuncionais são<br />
aqueles em que os tratamentos são principalmente algoritmos, sendo que ele utiliza o termo<br />
‘algoritmo’ como os algoritmos conhecidos, utilizados pela Matemática, como o algoritmo <strong>de</strong><br />
Eucli<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>scrito na seção 2.3. Estamos falando da concepção <strong>de</strong>sses algoritmos, ou seja,<br />
uma vez que sabemos como funciona o algoritmo <strong>de</strong> Eucli<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>sejamos propor uma solução<br />
que possa ser implementada por meio <strong>de</strong> um computador, ou outra máquina compatível, como<br />
uma calculadora programável, para executar o tal algoritmo.<br />
Segundo Duval (2003), para que a passagem <strong>de</strong> uma representação a outra aconteça <strong>de</strong><br />
maneira espontânea, elas <strong>de</strong>vem ser congruentes. Para que isso aconteça, é necessário:<br />
correspondência semântica entre as unida<strong>de</strong>s significantes, igualda<strong>de</strong> na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> apreensão<br />
das unida<strong>de</strong>s e as representações e conversão <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> significante na representação <strong>de</strong><br />
partida em uma só unida<strong>de</strong> significante na representação <strong>de</strong> chegada. Quando esses fatores<br />
não acontecem, as representações são ditas não-congruentes.