07.02.2015 Views

Mariangela de Oliveira Gomes Setti - Programa de Pós-Graduação ...

Mariangela de Oliveira Gomes Setti - Programa de Pós-Graduação ...

Mariangela de Oliveira Gomes Setti - Programa de Pós-Graduação ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

20<br />

saída, que possa ser consi<strong>de</strong>rada como uma solução para o problema. Para Friedmann (2005),<br />

existe um monitoramento do processo envolvido na forma algorítmica <strong>de</strong> pensar. Entretanto,<br />

no caso da resolução <strong>de</strong> problemas, para que uma saída seja consi<strong>de</strong>rada uma solução, ela<br />

<strong>de</strong>ve estar a<strong>de</strong>quada ao contexto em que a situação está inserida. A maneira algorítmica <strong>de</strong><br />

pensar relacionada à resolução <strong>de</strong> problemas (teóricos ou práticos) é contextualizada, sendo<br />

que o contexto é um tipo <strong>de</strong> controle (monitoramento) sobre a situação.<br />

Na matemática escolar, o discreto e o contínuo são associados aos processos básicos<br />

<strong>de</strong> contar e medir e não a formas <strong>de</strong> pensar, o que po<strong>de</strong> ser um obstáculo epistemológico às<br />

novas formas <strong>de</strong> pensar. Segundo Brolezzi (1996), não existe uma distinção cognitiva entre<br />

contar e medir e a relação entre ambas requer um estudo mais aprofundado. A medida tem por<br />

fundamento a idéia <strong>de</strong> comparação e subsequente or<strong>de</strong>m; aparentemente o processo <strong>de</strong> contar<br />

é mais complexo que o <strong>de</strong> medir (do ponto <strong>de</strong> vista cognitivo), o que po<strong>de</strong> ser um indício <strong>de</strong><br />

que o pensamento algorítmico, que é <strong>de</strong> caráter discreto, teria uma lógica diferente e mais<br />

complexa que a do pensamento matemático contínuo.<br />

Analisando o exemplo dado por Brolezzi (1996), consi<strong>de</strong>re as sequências <strong>de</strong> pontos<br />

seguintes,<br />

1. • • • • •<br />

2. • • • • • • • • •<br />

Observamos que não é necessário contar o número <strong>de</strong> pontos para saber que a segunda<br />

sequência tem mais pontos que a primeira. Efetuamos um raciocínio que me<strong>de</strong><br />

“automaticamente” o comprimento das duas sequências e <strong>de</strong>duz o resultado.<br />

A maneira como a Matemática tem sido ensinada no Ensino Fundamental e Médio,<br />

sem dúvida traz consequências para o aprendizado <strong>de</strong> algoritmos no Ensino Superior, porém a<br />

sua análise foge do escopo <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

2.2 – Consi<strong>de</strong>rações Sobre a Tese <strong>de</strong> Church-Turing<br />

Retomando as observações apresentadas na seção anterior e fazendo uma incursão pela<br />

história da Matemática, cabe ressaltar que Hilbert, fundador da Escola Formalista, acreditava<br />

que “todo problema matemático bem <strong>de</strong>finido <strong>de</strong>ve ser necessariamente possível <strong>de</strong> exata<br />

solução, quer na forma <strong>de</strong> alguma resposta concreta à pergunta formulada, quer pela prova da<br />

impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualquer solução, e, com isto, o necessário fracasso <strong>de</strong> todas as tentativas

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!