7pré-VP22a, eventualmente fechando-se para formar o pró-capsí<strong>de</strong>o esférico. O prócapsí<strong>de</strong>oentão se angulariza para criar o capsí<strong>de</strong>o maduro icosaédrico (NEWCOMB et al.,1999).Durante a montagem do pró-capsí<strong>de</strong>o, a proteína <strong>estrutura</strong>l VP22a atua interagindo coma proteína VP5 levando-a até o núcleo para construção do pró-capsí<strong>de</strong>o e mantendo-a no locala<strong>de</strong>quado para que seja, posteriormente, estabilizada pelos contatos com outras proteínas VP5ou proteína formadoras <strong>de</strong> triplexes. Esta interação ocorre com os 25 aminoácidos finais daproteína VP22 e o domínio N-terminal da proteína VP5. Sem a proteína VP22, a proteína VP5não consegue entrar no núcleo, sendo então excluída da formação do capsí<strong>de</strong>o. Para evitar quea proteína VP22 não entre no núcleo, é garantido que cada molécula <strong>de</strong> VP5 tenha umaproteína VP22 para se associar, permitindo um controle preciso do número <strong>de</strong> proteínas emcada capsí<strong>de</strong>o. <strong>Estudos</strong> mostraram que na ausência da proteína <strong>estrutura</strong>l VP22a, não háformação <strong>de</strong> pró-capsí<strong>de</strong>o pela proteína VP5 (NEWCOMB et al., 2001; BAINES, 2011).HSV modificados geneticamente indicaram que a clivagem da protease é essencial paraa replicação viral (GAO et al., 1994). Durante a clivagem, essas proteases rompem a <strong>estrutura</strong>formada pela proteína <strong>estrutura</strong>l após a montagem do capsí<strong>de</strong>o a fim <strong>de</strong> fornecer espaço parao DNA viral (BUISSON et al., 2006).As proteases <strong>de</strong> vírus da herpes existem no equilíbrio monômero-dímero, mas apenas odímero ativa o sítio catalítico (SCHMIDT & DARKE, 1997). Evidências sugerem que ummonômero realiza a clivagem no outro monômero (HOOG et al., 1997).Devido ao fato das proteases virais participarem das etapas <strong>de</strong> construção do capsí<strong>de</strong>o,essencial para a replicação viral, essas enzimas po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas potenciais alvosterapêuticos (BAINES, 2011). Existem diversos mecanismos utilizados pelos vírus paraimpedir a incorporação <strong>de</strong> um capsí<strong>de</strong>o anômalo, o que sugere a importância <strong>de</strong>sta etapa e avulnerabilida<strong>de</strong> à compostos que prejudiquem o controle da montagem do capsí<strong>de</strong>o(BAINES, 2011). Desta forma, fica clara a importância da protease <strong>de</strong> HSV-1 como um novoalvo terapêutico no tratamento da infecção causada pelo vírus da herpes.1.5 INIBIDORES DE SERINO PROTEASE DE VÍRUS HERPESDiversos inibidores <strong>de</strong> serino protease <strong>de</strong> vírus herpes têm sido relatados nos últimosanos e po<strong>de</strong>m ser classificados como inibidores do sítio ativo ou modificadores <strong>de</strong> cisteína(WAXMAN & DARKE, 2000; ZENG et al., 2008; YAN et al., 2011).
8Os inibidores do sítio ativo possuem em comum uma carbonila ativada e incluempepti<strong>de</strong>omiméticos (10) (Figura 5), lactâmicos, oxazinonas e benzotiopiranonas (TONG,2002).OOONHNHNHNHOOONIFigura 5: Estrutura química do BILC 821 (10), um peptí<strong>de</strong>omimético inibidor <strong>de</strong> protease <strong>de</strong>Citomegalovírus (CMV).As benzoxazinonas (11) (Figura 6) foram i<strong>de</strong>ntificadas em 1960 como metabólitossecundários das gramíneas que funcionam como pesticidas naturais e contém proprieda<strong>de</strong>salelopáticas. Estes compostos fazem parte do sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa das plantas contra insetos,bactérias e fungos (ARROYO et al., 2010) e são conhecidas como inibidores padrão <strong>de</strong> serinoproteases (HEDSTROM et al., 1984; JARVEST et al., 1996).OON RFigura 6: Estrutura química da benzoxazinona 2-substituída (11).O mecanismo <strong>de</strong> inibição envolve a formação <strong>de</strong> um complexo acil-enzima a partir doataque nucleofílico da serina do sítio ativo (Ser129) ao grupo carbonila dos inibidores <strong>de</strong>ssaclasse (Figura 7) (BODE et al., 1989; POWERS et al., 2002). Dessa forma, já foram<strong>de</strong>monstradas ativida<strong>de</strong>s em elastase <strong>de</strong> neutrófilos <strong>de</strong> humanos (HSIEH et al., 2005;SHREDER et al., 2009) serino-protease C1r do sistema complemento (HAYS et al., 1998),fator tecidual VIIa (JAKOBSEN et al., 2000) e inibidores da trombina (HSIEH et al., 2005).
- Page 1 and 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANE
- Page 3 and 4: iiiFicha CatalográficaMello, Julia
- Page 5 and 6: vÀ Deus e aos meus pais pelacompre
- Page 7 and 8: viiAo CNPq, CAPES e FAPERJ pelo apo
- Page 9 and 10: ixABSTRACTHerpes simplex is one of
- Page 11 and 12: xiCOLORIDOS ATRAVÉS DE ESCALA DE S
- Page 13 and 14: xiiiHIDROGÊNIO (EM VERDE) DO COMPO
- Page 15 and 16: xvLISTA DE TABELASTABELA 1: VALORES
- Page 17 and 18: xviiLISTA DE ABREVIATURAS*dpf docki
- Page 19 and 20: xix5.1.2 MODELLER .................
- Page 21 and 22: 2Nas últimas décadas, estudos tê
- Page 23 and 24: 4HNONBrNOOOHOHN H 2NNOONHOOHAciclov
- Page 25: 6A relevância clínica dos inibido
- Page 29 and 30: 10Figura 8: Estrutura tridimensiona
- Page 31 and 32: 12somados aos recursos da computaç
- Page 33 and 34: 141.6.1.1Mecânica MolecularA mecâ
- Page 35 and 36: 16semelhança entre as estruturas p
- Page 37 and 38: 18Os métodos sistemáticos utiliza
- Page 39 and 40: 20fármacos, a avaliação do Drugl
- Page 41 and 42: 223 OBJETIVOInserido no contexto da
- Page 43 and 44: 24No Verify 3D, a análise do model
- Page 45 and 46: 26Tabela 2: Valores de IC 50 para d
- Page 47 and 48: 284.5 ESTUDO DE DRUGLIKENESS E DRUG
- Page 49 and 50: 30Figura 11: À esquerda, modelo tr
- Page 51 and 52: 325.1.2 MODELLERPara gerar o modelo
- Page 53 and 54: 34Pontuações Modelo Modeller x 1A
- Page 55 and 56: 36Figura 18: Estruturas secundária
- Page 57 and 58: Figura 19: Gráfico de Ramachandran
- Page 59 and 60: 40Figura 21: Gráfico de Ramachandr
- Page 61 and 62: 42Tabela 4: Benzoxazinonas (12-29)
- Page 63 and 64: 44nesta anel devido à ocorrência
- Page 65 and 66: 46Uma alternativa foi utilizar o pr
- Page 67 and 68: 48Tabela 5: Parâmetros de algoritm
- Page 69 and 70: 50AglomeradosClassificadosSub-Class
- Page 71 and 72: 525.3.2 Docking Molecular das Benzo
- Page 73 and 74: 54benzoxazinona, através do progra
- Page 75 and 76: 56Ala39, Val28, Leu130, Ala131, Ala
- Page 77 and 78:
585.3.5 Docking molecular das demai
- Page 79 and 80:
60do tipo cátion-π é uma intera
- Page 81 and 82:
62interações dos ligantes volumos
- Page 83 and 84:
64grupamento alcoxi e o grupo amino
- Page 85 and 86:
66O docking molecular do composto 1
- Page 87 and 88:
68nitrogênio no resíduo Thr132 co
- Page 89 and 90:
70Figura 43: Comparação entre os
- Page 91 and 92:
72Figura 45: Representação do com
- Page 93 and 94:
74Figura 47: Peptideomimético 0FP
- Page 95 and 96:
765.4 AVALIAÇÃO DE DRUGLIKENESS E
- Page 97 and 98:
785.5 PROPOSTA DE NOVAS MOLÉCULAS
- Page 99 and 100:
80qualitativamente, e foi considera
- Page 101 and 102:
82Figura 51: (A) Docking molecular
- Page 103 and 104:
84de oxigênio da carbonila do subs
- Page 105 and 106:
86Estes resultados indicam que as m
- Page 107 and 108:
887 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASABR
- Page 109 and 110:
90HEDSTROM, L. Serine protease mech
- Page 111 and 112:
92MARQUES, M. A. L.; BOTTI, S. O qu
- Page 113 and 114:
94STIERAND, K.; RAREY, M. Drawing t
- Page 115 and 116:
96Tabela 11: Parâmetros agrupados
- Page 117 and 118:
98Tabela 17: Parâmetros agrupados
- Page 119 and 120:
100Tabela 23: Parâmetros agrupados