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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - Fiocruz

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mecanismos, suas atrofias, suas hipertrofias, sua capacidade de recuperação,<br />

reestruturação, re-harmonização. Lembra que o exercício é uma reflexão física sobre<br />

si mesmo. Um monólogo, uma introversão. E que os jogos, em contrapartida, tratam<br />

da expressividade dos corpos como emissores e receptores de mensagens.<br />

O arsenal do Teatro do Oprimido, proposto por Boal (Op. Cit. p.89) contém<br />

cinco categorias de jogos e exercícios, sendo elas: Sentir tudo que se toca, escutar<br />

tudo que se ouve, ativando os vários sentidos, ver tudo que se olha, a memória dos<br />

sentidos.<br />

Boal (2006, p.232) esclarece que essas cinco categorias de exercícios, jogos<br />

e joguexercícios que são utilizados para a preparação do ator e não ator, constituem<br />

o arsenal do Teatro do Oprimido, podendo ser usadas na criação de personagens e<br />

espetáculos ou no trabalho com comunidades. Em todo caso, adverte, são<br />

indispensáveis e preliminares para a introdução das técnicas do Teatro–Imagem,<br />

Teatro Invisível e Teatro–Fórum. Discorre sobre algumas técnicas do Teatro–<br />

Imagem. Em seguida o autor apresenta novas técnicas de Teatro–Imagem e<br />

sugestões de técnicas gerais de ensaio.<br />

No Teatro Invisível, segundo Boal (Op. cit. p. 27), o espectador torna–se<br />

protagonista da ação, um espect–ator, sem que tenha consciência disso. Esclarece<br />

que é o protagonista da realidade que vê, mas ignora a origem fictícia da mesma:<br />

atua sem saber que atua, em uma situação que foi previamente ensaiada sem a sua<br />

participação. Diz por isso ser essencial ir mais além e fazer a platéia participar da<br />

ação com pleno conhecimento de causa. Salienta que para encorajar esta<br />

participação é preciso primeiro que o tema proposto seja do seu interesse e então,<br />

aquecê–la previamente com exercícios e jogos. Lembra que o Teatro–Imagem é<br />

uma ferramenta essencial para provocar esta participação e envolvimento, além de<br />

estimular a criatividade da platéia.<br />

Acentua que o Teatro–Fórum é um tipo de luta ou jogo, e como tal , tem suas<br />

regras, que são necessárias para que se produza o efeito desejado: o aprendizado<br />

dos mecanismos pelos quais uma opressão se produz, a descoberta de táticas e<br />

estratégias para evitá–la e o ensaio dessas práticas. O autor passa então a<br />

descrever estas regras: quanto à dramaturgia diz que o texto deve caracterizar<br />

claramente a natureza de cada personagem, identificá–lo com precisão, para que o<br />

espect–ator reconheça a ideologia de cada um, alertando que o Teatro–Fórum se<br />

aplica ao estudo de situações sociais bem claras e definidas. Atenta que a peça<br />

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