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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - Fiocruz

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diversas culturas antigas. Vemos que tais culturas trazem consigo saberes<br />

milenares, que quando entrelaçados a saberes contemporâneos redimensionam a<br />

ambos, e é a partir deste entrelaçamento que propomos aprofundar nosso olhar,<br />

buscando contribuir para a geração de novas perspectivas para a Promoção da<br />

Saúde na atualidade.<br />

Na palestra Promoção da Saúde: da prevenção de doenças à defesa da vida,<br />

Carvalho (2007) diz que a Promoção da Saúde na atualidade está lidando com um<br />

novo paradigma de pensamento e prática em saúde, que produz ampliadamente<br />

uma crítica permanente ao modelo hegemônico, biomédico, centrada na Biologia,<br />

mas não se opõe a ele. O autor alerta que ao mesmo tempo não se trata apenas de<br />

uma construção conceitual, dizendo tratar–se também de um movimento de idéias,<br />

um movimento de mudança cultural, um movimento de renovação de valores<br />

relacionados à saúde e à construção da vida. Carvalho ( op. cit.) destaca ainda<br />

alguns antecedentes da Promoção da Saúde: informa que Winslow, em 1920, já<br />

lidava com o sentido desse termo numa compreensão de mecanismos de<br />

prolongamento da vida, através da atenção à saúde físico–mental, ações<br />

comunitárias, serviços de prevenção, e a idéia de uma máquina social que fosse<br />

capaz de produzir bem–estar e padrão de vida adequado, como uma crítica ao<br />

modelo médico–assistencial. Cita também o médico historiador canadense Henry<br />

Sigerist que em 1946 cunhou a expressão Promoção da Saúde e considerava ter a<br />

medicina quatro tarefas essenciais: a Promoção da Saúde, a prevenção de doenças,<br />

a recuperação de enfermos e a reabilitação.<br />

O autor refere–se a Leavel & Clark e o modelo história natural da doença<br />

(1965), que conceituava o processo de compreensão e intervenção das<br />

enfermidades sempre como uma atividade de prevenção, que qualificava como<br />

primária (atividades de Promoção da Saúde), secundária (o diagnóstico e tratamento<br />

de doenças o mais precoce possível) e terciária (atividades voltadas a trazer de volta<br />

a uma vida mais adequada possível o indivíduo acometido já pelas conseqüências<br />

da doença).<br />

Em nossa pesquisa analisamos que estas etapas podem ser aprofundadas à<br />

medida que se volta o olhar, não para as etapas da enfermidade, mas para o Ser<br />

como um todo, ampliando a compreensão da idéia de campo da saúde formulada<br />

por Marc Lalonde: O processo de saúde ou estar doente depende de uma<br />

conjugação de quatro grandes grupos de fatores, chamados campos de saúde.<br />

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