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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - Fiocruz

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o paradeiro do jovem deus, encarregando os Titãs de raptá–lo e matá–lo. De posse<br />

do filho de Zeus, (Op. Cit. p.118) os enviados de Hera fizeram–no em pedaços;<br />

cozinharam–lhe as carnes num caldeirão e as devoraram.<br />

Brandão (1989, p.119) relata que Atená, outros dizem que Deméter, salvou–<br />

lhe o coração que ainda palpitava. Sustenta que, engolindo–o, Sêmele, princesa<br />

tebana, tornou–se grávida do segundo Dionísio. Esclarece que o mito possui muitas<br />

variantes, principalmente aquela segundo a qual foi Zeus quem engolira o coração<br />

do filho, antes de fecundar Sêmele. Nos conta que Hera, no entanto, estava<br />

vigilante, e ao ter conhecimento das relações amorosas de Sêmele com o esposo,<br />

resolveu eliminá–la. Diz que transformando–se na ama da princesa tebana,<br />

aconselhou–a a pedir ao amante que se lhe apresentasse em todo o seu esplendor.<br />

O autor explica que o deus advertiu a Sêmele que semelhante pedido lhe seria<br />

funesto, uma vez que, um mortal, revestido de matéria, não tem estrutura para<br />

suportar a epifania, a aparição de um deus imortal. Mas como havia jurado pela<br />

águas do rio Estige jamais contrariar–lhe os desejos, apresentou–se com seus raios<br />

e trovões. Relata que o palácio de Sêmele se incendiou e esta morreu carbonizada.<br />

Conta que o feto, o futuro Dionísio, foi salvo por um gesto dramático do pai dos<br />

deuses e dos homens: Zeus recolheu apressadamente do ventre da amante o fruto<br />

inacabado de seus amores e colocou–o em sua coxa, até que se completasse a<br />

gestação normal. Brandão (Op. cit. p.121) declara que, salvo por Zeus e completada<br />

a gestação na coxa divina, Dionísio será um emanação direta do pai, donde um<br />

imortal, figurando a coxa do deus como o segundo ventre de Dionísio.<br />

Brandão (Op. cit. p. 120) narra que Zeus temendo nova estratagema de Hera,<br />

transformou seu filho em bode e mandou que Hermes o levasse, desta feita, para o<br />

monte Nisa, onde foi confiado aos cuidados das Ninfas e dos Sátiros, que lá<br />

habitavam numa gruta profunda. Historia (Op. Cit. p.123) que naquela sombria gruta,<br />

cercada de frondosa vegetação e em cujas paredes se entrelaçavam galhos de<br />

viçosas vides, donde pendiam maduros cachos de uva, vivia feliz o jovem deus; e<br />

que de certa vez, este colheu alguns desses cachos, espremeu–lhes as frutinhas em<br />

taças de ouro e bebeu o suco em companhia de sua corte. Narra que então, todos<br />

ficaram conhecendo o novo néctar: o vinho acabava de nascer. Diz que bebendo–o<br />

repetidas vezes, Sátiros, Ninfas e o próprio filho de Sêmele começaram a dançar<br />

vertiginosamente ao som dos címbalos, tendo a Dionísio por centro. Conclui que<br />

embriagados do delírio báquico, todos caíram por terra semi desfalecidos.<br />

Acreditamos que o instinto da teatralidade evocado por esta dança fez nascer<br />

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