UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - Fiocruz
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movimento. Deduz que por isso, para que se possa dominar os meios de produção<br />
teatral, deve–se primeiramente conhecer o próprio corpo, para poder depois, torná–<br />
lo mais expressivo. Ensina (Op. Cit. p.143). que só após conhecer o próprio corpo e<br />
ser capaz de torná–lo mais expressivo, o espectador estará habilitado a praticar<br />
formas teatrais, que por etapas, ajudem–no a liberar–se de sua condição de<br />
espectador e assumir a de ator, deixando de ser objeto e passando a ser sujeito,<br />
convertendo–se de testemunha em protagonista.<br />
É de uma importância, de um valor inestimável, a experiência desta<br />
participação das pessoas na Ação–Interdisciplinar Teatro Dentro da Vida. A<br />
contribuição que elas trazem para todo o processo. Melhor dizendo, as pessoas são<br />
o próprio processo. Sem elas não existe transformação. Os atores e autores desta<br />
metamorfose dionisíaca são as pessoas. Cada um formando o todo. Debatendo,<br />
avaliando, trazendo novas sugestões. Interferindo, dialogando, atuando. Alter e auto<br />
se modificando. Democracia e dialética na prática da Promoção da Saúde.<br />
Na atualidade, o método do Teatro do Oprimido é praticado em mais de<br />
setenta países, por culturas diferentes nos cinco continentes do mundo, por pessoas<br />
que o adotaram como forma de discutir os seus problemas.<br />
No Brasil, entre inúmeras experiências, destacamos as Oficinas de Teatro do<br />
Oprimido para a Promoção da Saúde da Faculdade de Saúde Pública (USP, 2005),<br />
a dissertação de mestrado: Promoção de Saúde em Cena– considerações teóricas<br />
para uma prática teatral de educação em saúde (Leme, 2005), utilizando as técnicas<br />
do Teatro do Oprimido, uma das grandes contribuições no campo da Promoção da<br />
Saúde da Universidade de São Paulo.<br />
No Rio de Janeiro, o Centro do Teatro do Oprimido, em convênio com o<br />
Ministério da Educação, desenvolve o projeto Teatro do Oprimido em quarenta<br />
escolas, buscando aproximar comunidade/escola, através do teatro, para dialogar<br />
sobre opressões vividas na comunidade e/ou nas escolas (Boletim teatro do<br />
oprimido nas escolas, CTO–RJ, 2007).<br />
O método é também aplicado no Sistema Penitenciário de sete Estados: RN,<br />
PI, PE, MS, ES, SP, RS, fomentando o diálogo entre presos, familiares e<br />
funcionários das prisões, na busca de soluções aos problemas que se apresentam.<br />
(Almeida,2006)<br />
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