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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - Fiocruz

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Carvalho (2007) reflete que a Saúde Pública teve duas revoluções. Uma no<br />

final do século passado e início desse século, que foi o enfrentamento relativamente<br />

vitorioso das doenças infecciosas parasitárias. Revolução que segundo o autor<br />

ainda está em curso, considerando as desigualdades do mundo em termos de<br />

capacidade humana, desenvolvimento tecnológico e conhecimento. Afirma que a<br />

segunda revolução, que também está em curso, diz respeito à luta contra as<br />

doenças crônicas e degenerativas. E hoje, nos alerta o autor, começa a se falar na<br />

literatura, e o campo da Promoção da Saúde é pioneiro em trazer isso, da terceira<br />

revolução da saúde pública. Diz que esta terá que ser a revolução para diminuir as<br />

iniqüidades no mundo, porque ao mesmo tempo que se avança em expectativa de<br />

vida, diminuição de mortalidade, os indicadores sanitários médios no mundo todos<br />

melhoraram muito. Observa que entretanto, os extremos aumentaram, a diferença<br />

entre os extremos aumentou. Diz que isso significa desigualdade, e que essa<br />

desigualdade é a iniqüidade, ou seja, àquela desigualdade desnecessária, injusta e<br />

evitável.<br />

O Complexo de Manguinhos, com cerca de 500 mil metros quadrados, sendo<br />

14% de área residencial, é composto por onze comunidades: Parque Carlos Chagas,<br />

Parque João Goulart, Parque Oswaldo Cruz, Comunidade Samora Machel,<br />

Comunidade Nelson Mandela, Comunidade Mandela de Pedra, Comunidade<br />

Agrícola de Higienópolis, Conjunto Habitacional Provisório II (CHP2), Vila São Pedro,<br />

Vila Turismo e Vila União.<br />

Dos 161 bairros da cidade do Rio de Janeiro, o Complexo de Manguinhos,<br />

com um índice de desenvolvimento humano (IDH) de 0,606, ocupa a 155ª posição<br />

em qualidade de vida. Devido a sua localização, próximo à Avenida Brasil, à refinaria<br />

de Petróleo de Manguinhos e à estação de transferência de lixo do Caju, além de<br />

outras indústrias poluentes, sua poluição ambiental, ultrapassa o índice diário de<br />

partículas em suspensão no ar aceitável, que seria de 240ug/m³, chegando a atingir<br />

480ug/m³. Cortado pelos poluídos rios Faria Timbó e Jacaré, que, ao se juntarem,<br />

formam o Canal do Cunha, possui cerca de 12 mil domicílios, a maioria construída<br />

em áreas de risco, improvisando barracos, palafitas nos leitos dos rios, construções<br />

sob viadutos, linhas de alta tensão e de tubulação da Adutora do Rio Guandu. No<br />

Complexo de Manguinhos, quase 15% das crianças, em idade de sete a quatorze<br />

anos, não freqüentam a escola; cerca de 13% da população, acima dos quinze anos,<br />

é analfabeta; 2,6% possuem o segundo grau completo; e a taxa de desemprego<br />

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