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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - Fiocruz

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Carvalho (2007) destaca que a idéia do protagonismo é a idéia da<br />

participação, e por analogia, o protagonismo das instituições, e aí, se são<br />

instituições diversificadas, não é só do Centro de Saúde, do Hospital, estamos<br />

falando de um conjunto de Instituições que cuidam de aspectos da vida social. E por<br />

isso o conceito de intersetorialidade é também um aspecto constitutivo e estratégico<br />

da Promoção da Saúde: a produção de Políticas Públicas articuladas entre os<br />

diversos setores.<br />

O autor ( op. cit. ) lembra que a Constituição Brasileira e especificamente o<br />

Sistema Único de Saúde, a Lei Orgânica 8080, diz que a saúde depende do acesso<br />

a políticas de habitação, de educação, de transporte, de emprego, de renda, de<br />

terra. Entende que este artigo, ao iniciar a referida lei, é para deixar bem claro a<br />

idéia de que a saúde é uma construção social, portanto, depende da participação de<br />

grupos e pessoas e depende da participação de instituições através da<br />

intersetorialidade.<br />

Continuando a sua exposição das seis grandes idéias expressivas dessa<br />

concepção moderna de Promoção da Saúde, entendida já nessa acepção bem<br />

ampla de produção de vida, Carvalho (op. cit.) dá relevo a idéia da saúde como um<br />

recurso para viver a vida, viver a melhor vida possível, e não, salienta, a idéia da<br />

saúde como ausência de doenças ou como um estado normativo. Para o autor,<br />

saúde é a capacidade de se realizar coisas para uma boa vida. Diz que a idéia da<br />

saúde como capacidade é um conceito também moderno já adotado pela<br />

Organização Mundial de Saúde, e afirma que a usual definição de saúde como<br />

completo bem estar físico, mental, ausência de doença etc. é insuficiente. Sinaliza<br />

com um conceito mais rico que a Promoção da Saúde adota fortemente, a idéia de<br />

que a saúde é uma construção de sujeitos. Lembra que ter ou não ter saúde,<br />

depende também do sentimento do sujeito. Admite que estar ou não estar doente<br />

depende do juízo sobre si mesmo, do domínio do corpo, do sentimento, da<br />

tolerância ou não à dor, a disposição ou não para atividades. Não há quem, adverte,<br />

mesmo que seja legalmente autorizado a isso, como os médicos, dizer: você está<br />

doente ou você esta saudável. Por isso explica que não existe uma palavra absoluta<br />

sobre ter ou não ter saúde, e que o exercício adequado e moderno dessas<br />

profissões, envolve uma coisa que antigamente se chamava relação médico–<br />

paciente, termo que expressa ainda, para o autor, uma assimetria de poder. Aponta<br />

que hoje fala–se em diálogo, construção de soluções, considerando também os<br />

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