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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - Fiocruz

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melhorias na infra estrutura urbana local com construção de casas, parques, jardins<br />

e centros poliesportivos. Divulgou também que a Prefeitura Municipal do Rio de<br />

Janeiro decidiu implantar o projeto favela–bairro em Manguinhos (O Globo, 2007).<br />

Carvalho (2006) lembra que de certa forma, talvez há 100 anos atrás, quando<br />

se deu a revolução pasteuriana, com a descoberta dos microorganismos, dos<br />

sistemas de produção de doenças infecciosas devidos às internações, antibióticos,<br />

houve um movimento, uma pretensão, uma utopia de que a saúde seria alcançada<br />

pela biologia, por uma revolução biológica, que através de medicamentos, seria<br />

possível a saúde total. E que no final do século XIX, na Europa, era esse o<br />

movimento. Diz que na verdade, essa proposta que se expressou no modelo<br />

médico, fracassou, no sentido da saúde total. Reconhece que ela foi extremamente<br />

vitoriosa em reduzir mortalidade e morbidade por doença infecciosa, através de<br />

diversas medidas inclusive de desenvolvimento social, mas que pelas características<br />

do modelo e do desenvolvimento da civilização, urbanização, industrialização<br />

excessiva, predatória, e tudo mais, ela gerou um outro quadro mórbido. Salienta que<br />

o que nós temos hoje são cidades saturadas, a saúde mental deteriorada.<br />

Exemplifica que o estudo de cargas de doença mostra que até o ano 2020, a<br />

principal causa de incapacidade será a doença bipolar, será o transtorno mental.<br />

Constata que então muda o problema, a doença vai mudando, vai se alterando<br />

completamente.<br />

Julgamos interessante contrapor aqui o pensamento de Elizalde (2004, p.65).<br />

Este autor ressalta que pelo critério da medicina oficial alopática, a doença é algo<br />

que vem de fora, e que, quando ataca o homem, provoca a sintomatologia que lhe é<br />

própria. Isto é, mantém–se a origem exógena da enfermidade, a independência da<br />

enfermidade da essência do homem, o que vai de encontro ao parágrafo 13 do<br />

Organon da Arte de Curar, em que Hahnemann proclama que a enfermidade não é<br />

algo distinto e deslocado da essência humana, e sim que é uma outra forma de viver<br />

do homem. Nada que venha de fora, isto é, rebela–se contra o critério de “matéria<br />

pecans”, que atualmente é sustentado com terminologia científica, mas, não se<br />

enganem, diz, vem da época em que se via a doença como possessão demoníaca.<br />

O micróbio mau que vem e ataca. Agora, eu pergunto, continua Elizalde (Op. Cit)<br />

quais são os campos de cultivo, ocultos, onde não está o homem, em que as<br />

espiroquetas pupulam em liberdade? Eu não os conheço. Sem o homem, não há<br />

micróbios. Falo dos infectantes e dos tóxicos. Agora, onde se encontram essas<br />

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