UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - Fiocruz
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eflexão, e desperta a prática. Então creio que seria interessante a gente<br />
poder estar incorporando isso dentro da unidade para podermos dar o foco<br />
da Promoção da Saúde. [...] eu acho que é uma ferramenta, é um<br />
instrumento que a gente pode viabilizar, é um outro tipo de prática.<br />
(Entrevistado nº9)<br />
Muito a gente vem discutindo em relação aos grupos de saúde, aos grupos<br />
de educação em saúde, e o teatro é uma maneira de transformar esses<br />
grupos de uma coisa que eles vem obrigados para uma coisa que eles têm<br />
apetite de vir, tenham vontade de vir.<br />
(entrevistado nº29)<br />
Acreditamos que as pessoas deveriam desenvolver estas práticas por fazer<br />
parte da vida delas. Exercitar–se, praticar esportes, alimentar–se equilibradamente<br />
devem ser hábitos de Promoção da Saúde cultivados de forma consciente,<br />
prazerosa, livre do peso de ameaças. As pessoas não precisam estar sob a<br />
imposição de um profissional que as pressione a tais práticas. Este conceito não<br />
cultiva a escravidão do indivíduo condenado a ter hábitos saudáveis, pois<br />
acreditamos que a Promoção da Saúde não pode ser uma obrigação.<br />
Neste ponto nos referimos à desconexão interior sobre a saúde, sobre o auto–<br />
cuidado prazeroso, espontâneo e a responsabilidade, o prazer do indivíduo em<br />
exercitar–se, em mover suas articulações, em mover todo seu corpo com<br />
sensibilidade, em alimentar–se bem, e viver em comunhão com a natureza.<br />
Jaeger (1995, p. 1040) reflete que à luz da imagem da natureza como força<br />
espontânea e inconscientemente teleológica, podemos compreender a tese do autor<br />
da obra Da Dieta: A natureza basta a todos em todas as coisas.<br />
Sublinha que o médico antigo, como o moderno, ainda até há poucas<br />
décadas, era mais médico de sãos do que de enfermos, informa que esta parte da<br />
medicina resume–se sobre o nome de higiene, e que os cuidados da higiene<br />
incidem sobre a dieta. Afirma que os gregos entendem por dieta não só a<br />
regulamentação dos alimentos do enfermo, mas também todo o regime de vida do<br />
homem e especialmente a ordenação dos alimentos e dos esforços impostos ao<br />
organismo, e que neste aspecto, o ponto de vista teleológico, de relações entre<br />
meios e fins, devia impor ao médico uma grande missão educativa. Lembra que a<br />
sanidade antiga só em muito pequena parte era incumbência pública; e que<br />
fundamentalmente, dependia do nível cultural do indivíduo, do seu grau de<br />
consciência, das suas necessidades e dos seus meios, e que naturalmente estava<br />
desde o início da dieta, mas conservou sempre a sua posição ao lado daquele.<br />
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