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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - Fiocruz

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como um conceito chave, porque é, em última instância, o indicador mais adequado<br />

do que seria a saúde nessa visão de saúde como recurso para viver a vida, como<br />

capacidade dele (o indivíduo) criar oportunidades.<br />

Autonomia que se encontra expressada em duas percepções por nós analisadas:<br />

Eu acredito que um grupo de teatro em uma Unidade Básica de Saúde, seja<br />

muito relevante, muito necessária. [...] Eu acho que isso pode fazer com que<br />

o nosso objetivo seja alcançado muito mais facilmente, do que a gente ficar<br />

naquela coisa tradicional de palestra, e de colocar como se nós<br />

soubéssemos tudo e a gente vai para ali ensinar. Acho que através de uma<br />

peça de teatro [...] a gente consegue atingir muito mais as pessoas, porque<br />

elas se sentem participantes. Eu acho que isso é muito importante, a<br />

pessoa se sentir inserida no processo de trabalho e no seu cuidado<br />

também. Elas se sentem responsáveis e têm autonomia, mais do que a<br />

gente ficar jogando, é isso, você tem que fazer isso, não pode aquilo. Eu<br />

acho que a peça de teatro é uma atividade que faz a pessoa refletir sobre o<br />

próprio cuidado. Acho que isso é muito importante.<br />

(Entrevistado nº8)<br />

[...] e a partir do momento que se tem uma proposta de colocar o teatro com<br />

a saúde, ou seja, o compartilhar de um conhecimento para se promover<br />

uma saúde, pensando numa saúde integral, pensando numa saúde<br />

preventiva, tem tudo a ver. É uma união muito feliz, uma proposta bastante<br />

interessante, e tenho certeza que com muitos frutos, porque vai buscar uma<br />

construção do ser, um auto conhecimento e em grupo. Isso é importante,<br />

isso é fundamental para se trabalhar o ser humano num todo. Porque daí o<br />

ser humano vai poder aprender o que ele precisa para buscar a saúde, e<br />

não mais buscar esse organismo que já existe, e que não olha a saúde, e<br />

sim a doença, e que também não compartilha com aquele ser humano que<br />

precisa saber de si, saber o que está acontecendo com ele, fazer a sua<br />

própria leitura. [...]<br />

(Entrevistadon°14)<br />

Carvalho (2007) acrescenta que a equidade é um termo também muito usado,<br />

muito disseminado, associado com justiça social. Diz ser na verdade, a distribuição<br />

social da autonomia, a justa distribuição da autonomia entre os diversos grupos e as<br />

diversas situações sociais. E indaga: o que é a iniqüidade? Respondendo que é a<br />

diferença de oportunidades e portanto de capacidade de autonomia que grupos têm<br />

para viver sua vida. Diagnostica que são as desigualdades chamadas injustas,<br />

desnecessárias e evitáveis. Diz ser então um pouco essa idéia, associando<br />

equidade com autonomia. Autonomia do sujeito.<br />

O autor explicita que uma outra dimensão atual exige a noção de saúde como<br />

um direito humano fundamental. Realça que não é um direito social poder ser<br />

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