UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - Fiocruz
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de emprego, crescimento econômico, geração de riquezas, com provimento de<br />
serviços sociais, de saúde, de cultura, e tudo mais; num processo que pretende ser<br />
virtuoso em relação a essas diversas dimensões e não excludente, acentuando ser<br />
uma gestão que tenta ser integrada, que tem na tela a idéia do desenvolvimento e<br />
articula diversas coisas; e que isso nos últimos anos vem sendo uma discussão<br />
dentro da economia.<br />
Carvalho ( 2007) constata que hoje na economia, e diz ser o Amartya Sem<br />
um exemplo disso, se começa a se discutir a importância da construção social, do<br />
desenvolvimento social como um fator de desenvolvimento. Certifica que isso é<br />
demonstrado pelo relatório mundial de 2006 dedicado à eqüidade, e por toda uma<br />
discussão que passa a colocar em tela o seguinte: as situações de iniqüidades são<br />
impeditivas a um desenvolvimento amplo e saudável. O autor diz que na verdade, o<br />
combate às iniqüidades, a luta pela equidade, ela é favorecedora do<br />
desenvolvimento, contrapondo que o crescimento econômico desenfreado,<br />
parasitário da natureza, esse não adianta. Mas uma perspectiva que pense na<br />
geração de riquezas, no desenvolvimento, ela deveria, e destaca que isso é o<br />
banco mundial que está dizendo hoje, tratar da construção de equidade, porque ela<br />
é um fator favorecedor. Sustenta que é enfim uma mudança de pensamento, não<br />
uma mudança final, mas um polemizar em relação a um pensamento único e<br />
hegemônico que existiu na década de noventa. Relembra que durante muito tempo<br />
a saúde foi meio colonizada. Que na década de noventa a saúde foi colonizada<br />
pelos economistas que diziam não poder gastar, que a saúde gastava muito, que<br />
tinham que ter eficiência, que tinha que ser cesta básica. O que significava,<br />
segundo o autor, o predomínio dessa idéia da saúde como uma coisa social,<br />
perdulária, insaciável por recursos e menciona que a saúde pública, a Promoção da<br />
Saúde teve uma contribuição importante nessa polêmica.<br />
Carvalho (2007) comenta que o Plano de Desenvolvimento, é uma questão<br />
que normalmente está bem distante do setor saúde, do pensamento cotidiano, e que<br />
no Brasil de hoje é um tema que cada vez mais vem ganhando importância na<br />
sociedade. Mostra que tem toda uma discussão que revela a existência de um<br />
debate sobre esses dilemas: Pra onde nós vamos? O desenvolvimento vai ser isso,<br />
expresso em produção, medida de produção, aumento de riqueza, ou nós vamos ter<br />
que falar de novo de um desenvolvimento que gere emprego, que crie equilíbrio, que<br />
crie um mercado interno, que favoreça o bem estar das pessoas? Sublinha que<br />
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