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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - Fiocruz

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deve apresentar um erro 4 para que os expect–atores possam ser estimulados a<br />

encontrar soluções e a inventar novos modos de confrontar a opressão. Lembra que<br />

o objetivo é discutir sobre situações concretas, usando–se para isso a linguagem<br />

teatral.<br />

Quanto à encenação, Boal (Op. cit. p.29) ensina que os atores devem ter uma<br />

expressão corporal que exprima com clareza as ideologias, o trabalho, a função<br />

social, a profissão etc. dos seus personagens através dos seus movimentos e<br />

gestos. Realça ser importante que os personagens realizem ações significativas,<br />

para que quando forem substituídos pelos espect–atores estes possam trazer os<br />

movimentos e gestos significantes com significado para à ação dramática. Boal<br />

(2006, p.30) diz ainda que cada cena deve encontrar a expressão exata do tema em<br />

questão, isto feito em comum acordo com os participantes. Orienta que cada<br />

personagem deve ser representado visualmente, de maneira a ser reconhecido<br />

independentemente do seu discurso falado, e que o figurino deve conter elementos<br />

essenciais ao personagem, para que os espect–atores possam também utilizá–los<br />

quando substituírem os atores, e ser de fácil compreensão. Em relação a função do<br />

ator (Op. cit. p.335) nos conta que em certos países da África, é considerado bom<br />

cantor aquele que é capaz de estimular o maior número de pessoas a cantar.<br />

Enfatiza que assim deve acontecer com o bom ator de Teatro–Fórum [...], durante a<br />

parte do fórum propriamente dito, o ator deve ser extremamente dialético. Explica<br />

que ao contracenar com um espect–ator–protagonista que tenta romper a opressão,<br />

deve ser honesto e mostrar que rompê–la não é tão fácil. Alerta que ao agir assim,<br />

porém, deve estimulá–lo a rompê–la, isto é, ao mesmo tempo que reage contra cada<br />

frase e cada ato do espect–ator, deve estimulá–lo a mais atos produzir e mais frases<br />

pronunciar. Salienta que impedindo–o de romper a opressão, deve estimulá–lo a<br />

fazê–lo.<br />

O diretor (Op. cit. p.30) prossegue com as regras e ensinamentos agora<br />

quanto ao espetáculo–jogo: mostra que o espetáculo do Teatro–Fórum é um jogo<br />

artístico e intelectual entre artistas e espect–atores. Recomenda ser necessário que<br />

o curinga, mestre–de–cerimônias do espetáculo–fórum, durante dez ou quinze<br />

minutos explique aos espectadores o que é o Teatro do Oprimido, oriente–os sobre<br />

as regras do jogo e os convide a fazer alguns exercícios de aquecimento e de<br />

comunhão teatral. Pontua que de início é tudo apresentado com um espetáculo<br />

convencional, onde se mostra uma determinada imagem do mundo. Destaca que as<br />

4<br />

Boal (Op. Cit. p.329) orienta substituir a palavra erro por: quando tivermos dúvidas sobre o seu comportamento. Isto,<br />

explica, para não induzir o espectador e portanto manipulá–lo. (quando o que se deseja é exatamente o contrário)<br />

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