À SAÚDE - Prefeitura de Vitória
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sinais e sintomas após duas semanas.<br />
100 do por fezes <strong>de</strong>stes animais. É uma infestação<br />
afetada (sinal <strong>de</strong> zileri), ou pela raspagem das 101<br />
2.5.1.2 PEDICULOSE<br />
<strong>de</strong>rmatose pruriginosa causada pelo Pediculus<br />
humanus, inseto sugador <strong>de</strong> sangue, que promove<br />
uma irritação local e não há imunida<strong>de</strong>. Tratase<br />
<strong>de</strong> uma infestação recorrente. na criança é freqüente<br />
a infestação pelo P. humanus capitis.<br />
n reservatório: indivíduo doente.<br />
n Transmissão: contato físico, ou objetos usados<br />
pelo doente (pente, toucas, bonés, roupas<br />
<strong>de</strong> cama).<br />
n Período <strong>de</strong> incubação: uma a três semanas.<br />
n clínica: encontro do parasita ( piolho ), sendo<br />
vistas com maior facilida<strong>de</strong> as lên<strong>de</strong>as ( ovos fixos<br />
às hastes dos cabelos ). Presença <strong>de</strong> escoriações<br />
e pápulas pruriginosas agrupadas na região<br />
occipital, nuca, e atrás do pavilhão auricular.<br />
n complicação: pio<strong>de</strong>rmites ( escoriação + infecção<br />
secundária ).<br />
TraTaMENTo TÓPico:<br />
n dar preferência aos xampus <strong>de</strong> lindano a 1%, permetrina<br />
1%, <strong>de</strong>ltametrina 0,02%. <strong>de</strong>ixar agir por<br />
cinco minutos, lavar e repetir com sete dias;<br />
n benzoato <strong>de</strong> benzila a 25%;<br />
n remoção das lên<strong>de</strong>as com solução 1:1 parte<br />
<strong>de</strong> vinagre em água morna + pente fino.<br />
TraTaMENTo SiSTÊMico:<br />
n ivermectina 200mcg/kg, dose única para maiores<br />
<strong>de</strong> 15Kg;<br />
n tratar a infecção secundária com antibioticoterapia<br />
sistêmica.<br />
n Medidas gerais: recomenda-se proce<strong>de</strong>r a<br />
busca ativa <strong>de</strong> piolhos e lên<strong>de</strong>as in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
da existência <strong>de</strong> queixa, da criança ou da<br />
mãe, <strong>de</strong>vido a elevada freqüência <strong>de</strong>sta parasitose<br />
na infância.<br />
2.5.1.3 LARVA MIGRANS<br />
<strong>de</strong>rmatose pruriginosa causada pela penetração<br />
na pele do homem, por larvas <strong>de</strong> ancilostomí<strong>de</strong>os que<br />
parasitam principalmente o cão e o gato (Ancylostoma<br />
caninum, e Ancylostoma brasiliensis).<br />
n reservatório: cães e gatos.<br />
n Transmissão: através do contato da pele com<br />
solo (terrenos arenosos e úmidos) contamina-<br />
aci<strong>de</strong>ntal da larva na pele. não há transmissão<br />
pessoa a pessoa.<br />
n Diagnóstico: clínico. Presença <strong>de</strong> erupção linear,<br />
serpiginosa, eritematosa, pouco elevada<br />
e muito pruriginosa. Algumas vezes com aparecimento<br />
<strong>de</strong> formas bolhosas ou eritematopapulosas.<br />
Acomete principalmente as mãos,<br />
pés, pernas e ná<strong>de</strong>gas.<br />
TraTaMENTo TÓPico:<br />
n tiabendazol pomada: três vezes ao dia durante<br />
sete a quatorze dias. Em caso <strong>de</strong> infecção secundária<br />
utilizar antibioticoterapia sistêmica.<br />
TraTaMENTo SiSTÊMico:<br />
n tiabendazol: 25mg/kg/dia, via oral, duas vezes<br />
ao dia, por dois a três dias;<br />
n albendazol: nos maiores <strong>de</strong> dois anos, dose<br />
única <strong>de</strong> 400 mg / dia, via oral;<br />
n ivermectina: para maiores <strong>de</strong> 15 Kg , 200 mcg<br />
/ kg / dose única;<br />
n associar o tratamento tópico por <strong>de</strong>z dias.<br />
n Medidas gerais: proibição <strong>de</strong> cães e gatos na<br />
praias. Proteger os tanques <strong>de</strong> areia dos parques,<br />
creches e escolas. Evitar áreas arenosas,<br />
úmidas e sombreadas.<br />
2.5.1.4 TUNGUÍASE<br />
n agente: Tunga penetrans (bicho <strong>de</strong> pé). Pulga<br />
que habita lugares secos e arenosos.<br />
n hospe<strong>de</strong>iro: homem, suínos<br />
n clínica: prurido seguido <strong>de</strong> dor e pápula amarelada<br />
com ponto central escuro. Localização<br />
geralmente ao redor das unhas dos pés, calcanhares,<br />
região plantar. nas crianças, também<br />
nas mãos.<br />
n Tratamento: extração dos parasitas com agulha<br />
estéril. Tiabendazol oral. Em caso <strong>de</strong> infecção<br />
secundária antibioticoterapia sistêmica.<br />
2.5.1.5 MIÍASE<br />
<strong>de</strong>rmatose freqüente no meio rural.<br />
n agente: larvas da mosca <strong>de</strong>rmatobia hominis<br />
(miíase primária), e larvas da mosca Callitroga<br />
macellaria (mosca varejeira), na miíase<br />
secundária.<br />
clÍNica E TraTaMENTo:<br />
n Miíase primária: produzida por larvas que se<br />
<strong>de</strong>senvolvem às custas <strong>de</strong> tecido vivo. Ardor e<br />
prurido seguidos do aparecimento <strong>de</strong> nódulo<br />
com aspecto inflamado, que simula o furúnculo.<br />
Visualiza-se no centro um pequeno<br />
orifício por on<strong>de</strong> a larva respira. O tratamento<br />
consiste na retirada da larva com auxílio <strong>de</strong><br />
uma pinça. Este procedimento é facilitado pela<br />
oclusão do orifício central com vaselina, o que<br />
promove uma asfixia, e a larva abandona a lesão<br />
para respirar.<br />
n Miíase secundária: causada por larvas que<br />
se <strong>de</strong>senvolvem em tecidos em <strong>de</strong>composição.<br />
Em ulcerações ou cavida<strong>de</strong>s. São observados<br />
no local, parasitos fusiformes, <strong>de</strong> cor esbranquiçada,<br />
e com gran<strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>. O tratamento<br />
recomendado é a limpeza das lesões<br />
com retirada das larvas, precedida da utilização<br />
<strong>de</strong> anestésico local.<br />
2.5.2 MICOSES SUPERFICIAIS<br />
São doenças provocadas por fungos limitados<br />
a epi<strong>de</strong>rme, couro cabeludo, unhas e mucosas. O<br />
diagnóstico é geralmente clínico. Po<strong>de</strong>m ser superficiais<br />
propriamente ditas ou ceratofitoses (Pitiríase<br />
versicolor, Piedra branca, Piedra preta, Tinha<br />
negra), e cutâneas e cutaneomucosas (<strong>de</strong>rmatofitoses<br />
ou tinhas, e Candidíase).<br />
2.5.2.1 CERATOFITOSES<br />
<strong>de</strong>rmatomicoses, nas quais, a resposta do hospe<strong>de</strong>iro<br />
está geralmente ausente.<br />
n Pitiríase versicolor: o agente etiológico é o Pityrosporum<br />
ovale. Levedura lipofílica que faz parte<br />
da biota normal da pele. nunca é erradicada,<br />
levando a quadros recorrentes, provavelmente<br />
favorecidos pela sudorese excessiva, ambiente<br />
quente e úmido, uso <strong>de</strong> umectantes, <strong>de</strong>snutrição,<br />
imunossupressão e predisposição genética.<br />
não é contagiosa, tem baixa incidência em lactentes,<br />
nos quais acomete geralmente a face. nas<br />
crianças maiores e adolescentes as lesões surgem<br />
na porção superior do tronco, pescoço e raiz dos<br />
membros, com prurido ocasional.<br />
n clínica: pequenas máculas ovais ( hipopigmentadas,<br />
hiperpigmentadaas ou levemente eritematosas),<br />
isoladas ou confluentes que po<strong>de</strong>m<br />
apresentar <strong>de</strong>scamação ao estiramento da pele<br />
mesmas com a unha (sinal <strong>de</strong> Besnier)<br />
n Tratamento: antifúngicos tópicos duas vezes<br />
ao dia, nunca menos <strong>de</strong> duas semanas. Lembrar<br />
que a persistência <strong>de</strong> hipocromia após o<br />
tratamento não significa insucesso e a cor retorna<br />
gradativamente com a exposição ao sol.<br />
Tratar sempre o couro cabeludo. Xampus com<br />
sulfeto <strong>de</strong> selênio, cetoconazol, piritionato <strong>de</strong><br />
zinco e ciclopirox - olamina. no corpo utilizar<br />
os <strong>de</strong>rivados imidazólicos ( econazol, miconazol,<br />
clotrimazol, cetoconazol ), ciclopirox - olamina,<br />
ou terbinafina.<br />
n Piedra branca: infecção assintomática pelo<br />
Trichosporum beigelli, levedura habitualmente<br />
encontrada no solo e vegetais.<br />
n clínica: nódulos pequenos, múltiplos, esbranquiçados<br />
e macios, a<strong>de</strong>ridos à haste dos pêlos<br />
envolvendo toda sua circunferência.<br />
n Tratamento: corte dos pêlos, antifúngicos tópicos.<br />
n Piedra preta: infecção assintomática causada<br />
pelo fungo Piedraia hortai, ascomiceto encontrado<br />
no solo e vegetação.<br />
n clínica: nódulos endurecidos e negros <strong>de</strong> um a<br />
dois milímetros <strong>de</strong> diâmetro, a<strong>de</strong>ridos ao pêlo<br />
( cabelos, supercílios ).<br />
n Tratamento: corte dos pêlos, antifúngicos tópicos.<br />
n Tinha negra: infecção assintomática causada<br />
pelo fungo Phaeoannellomyces Werneckii encontrado<br />
no solo, ma<strong>de</strong>ira, vegetais e certos peixes.<br />
A hiperidrose é um fator predisponente .<br />
n clínica: mácula que varia do marrom ao negro,<br />
pouco <strong>de</strong>scamativa, margens bem <strong>de</strong>finidas,<br />
comumente localizada nas palmas e superfícies<br />
volares dos <strong>de</strong>dos das mãos.<br />
n Tratamento: antifúngicos tópicos por duas a<br />
três semanas para prevenir recorrências. A griseofulvina<br />
não é eficaz.<br />
2.5.2.2 CUTÂNEAS E<br />
CUTANEOMUCOSAS<br />
DErMaToFiToSES oU TiNhaS:<br />
n agentes etiológicos: fungos do gênero Mi-