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À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

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<strong>de</strong> proteção semelhante ao da vacina isolada.<br />

126 luta, em alguns casos com atipia linfocitária. nos terizando o eritema infeccioso como evento tardio 127<br />

8. Apesar dos títulos <strong>de</strong> anticorpos induzidos<br />

pela vacina serem praticamente semelhantes<br />

aos obtidos após a infecção natural, alguns indivíduos<br />

evoluem com queda dos mesmos no<br />

<strong>de</strong>correr dos anos, po<strong>de</strong>ndo apresentar viremia<br />

e excretar o vírus após uma segunda imunização<br />

ou uma reinfecção.<br />

9. Vacinação <strong>de</strong> Bloqueio: não há evidência <strong>de</strong><br />

que a vacina evite a infecção após o contágio;<br />

por outro lado, a imunização não é contra-indicada<br />

após o mesmo. no entanto, é importante<br />

aproveitar-se a oportunida<strong>de</strong> da <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong><br />

um caso, para vacinação dos contatos suceptíveis,<br />

principalmente mulheres em ida<strong>de</strong> fértil.<br />

10. A imunização passiva anti-rubéola consiste na<br />

administração <strong>de</strong> gamaglobulina comum ("standard"<br />

- 16,5%), já que a hiperimune não existe<br />

comercialmente. no entanto, vários casos <strong>de</strong><br />

rubéola congênita foram relatados na literatura,<br />

apesar do uso da gamaglobulina "standard",<br />

pelo fato <strong>de</strong>sta conter baixos níveis <strong>de</strong> anticorpos<br />

anti-rubéola.É evi<strong>de</strong>nte que a imunização<br />

passiva só <strong>de</strong>ve ser empregada em circunstâncias<br />

específicas, ou seja, naqueles casos em que,<br />

após os <strong>de</strong>vidos esclarecimentos, a gestante solicita<br />

qualquer medida profilática, uma vez que<br />

está disposta a prosseguir com a gestação.<br />

NoTiFicaÇÃo Da rUBÉola PÓS-NaTal<br />

A notificação da rubéola pós-natal é compulsória<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996. <strong>de</strong>vem ser notificados todos os<br />

casos suspeitos <strong>de</strong> rubéola pós-natal. <strong>de</strong>fine-se<br />

como caso suspeito: “ toda pessoa que apresente<br />

febre e exantema maculopapular, acompanhadas<br />

<strong>de</strong> linfa<strong>de</strong>nopatia retroauricular, occipital e cervical,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> e situação vacinal.”<br />

2.8.3 EXANTEMA SÚBITO<br />

doença infecciosa febril, <strong>de</strong> evolução benigna,<br />

ocorre tipicamente na infância e afeta, em especial,<br />

crianças <strong>de</strong> seis meses a três anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>;<br />

é rara nos primeiros meses <strong>de</strong> vida, provavelmente<br />

pela proteção dos anticorpos maternos. É também<br />

conhecida como roséola infantum, febre <strong>de</strong><br />

três dias, pseudo-rubéola ou sexta moléstia.<br />

ETioloGia<br />

herpevírus humano 6 ( hhV-6)<br />

Via DE TraNSMiSSÃo<br />

Secreções orais (transmissão horizontal: sentido<br />

mãe-filho) ou vertical.<br />

PErÍoDo DE iNcUBaÇÃo<br />

Varia <strong>de</strong> sete a 17 dias, com média <strong>de</strong> <strong>de</strong>z dias.<br />

QUaDro clÍNico<br />

A virose caracteriza-se classicamente pelo início<br />

súbito, com febre alta (39°-40°C) e extrema irritabilida<strong>de</strong>,<br />

em contraste com o bom estado geral; este<br />

quadro é acompanhado, em alguns casos, <strong>de</strong> sintomas<br />

ou sinais <strong>de</strong> comprometimento respiratório<br />

(tosse, coriza e/ou pneumonite) ou gastrintestinal<br />

(diarréia, dor abdominal), principalmente em crianças<br />

hospitalizadas. Após três a cinco dias há <strong>de</strong>clínio<br />

brusco da febre e o aparecimento <strong>de</strong> "rash" eritematopapular,<br />

com sensível melhora do humor.<br />

<strong>de</strong>ntre os sinais e sintomas clínicos inespecíficos<br />

mais freqüentes <strong>de</strong>stacam-se as a<strong>de</strong>nomegalias<br />

cervicais e/ou retroauriculares, a hiperemia <strong>de</strong><br />

orofaringe e o e<strong>de</strong>ma palpebral. Os outros tipos<br />

<strong>de</strong> apresentação clínica que po<strong>de</strong>m dificultar a suspeita<br />

diagnóstica <strong>de</strong> exantema súbito incluem as<br />

infecções inaparentes, o quadro febril isolado e o<br />

exantema afebril. A maioria dos casos evolui sem<br />

complicações; existem, porém, relatos <strong>de</strong> convulsões<br />

febris em 10% a 15% dos casos e/ou abaulamento<br />

da fontanela, que constituem algumas<br />

das principais causas <strong>de</strong> atendimento <strong>de</strong> urgência<br />

e hospitalizações. Alguns autores postulam que o<br />

primeiro episódio febril no lactente estaria relacionado<br />

com a infecção pelo hhV-6.<br />

O exantema é do tipo maculopapular, com lesões<br />

discretas <strong>de</strong> 2 a 3 cm <strong>de</strong> diâmetro, não coalescentes,<br />

que se assemelham à rubéola ou ao<br />

sarampo leve. Em geral acomete inicialmente o<br />

tronco e, em seguida, a face, a região cervical e a<br />

raiz dos membros, sendo <strong>de</strong> curta duração (24 a<br />

72 horas), sem <strong>de</strong>scamação ou com discreta pigmentação<br />

residual.<br />

DiaGNÓSTico laBoraTorial<br />

O diagnóstico <strong>de</strong> certeza da infecção pelo isolamento<br />

viral, dnA viral através da reação em ca<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> polimerase (PCr), e testes sorológicos não<br />

estão disponíveis em nosso meio.<br />

Como achados laboratoriais inespecíficos assinala-se<br />

a presença <strong>de</strong> leucocitose no início do quadro<br />

febril e, após o terceiro e quarto dias <strong>de</strong> doen-<br />

ça, leucopenia com linfocitose, relativa ou abso-<br />

pacientes em que há envolvimento neurológico,<br />

a análise bioquímica e citológica do LCr revela-se<br />

normal, achado importante para o diagnóstico diferencial<br />

com outras infecções do SnC.<br />

TraTaMENTo E PrEVENÇÃo<br />

na maioria dos casos <strong>de</strong> exantema súbito o tratamento<br />

<strong>de</strong>ve se restringir ao uso <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong><br />

suporte e <strong>de</strong> medicação sintomática (antitérmico),<br />

bem como à vigilância das complicações, especialmente<br />

as relacionadas com o sistema nervoso. Por<br />

outro lado, nos raros casos que evoluem com gravida<strong>de</strong>,<br />

particularmente nas crianças com complicações<br />

significativas (encefalite, pneumonite) e nos<br />

imuno<strong>de</strong>primidos, a terapêutica antiviral <strong>de</strong>ve ser<br />

indicada. Os resultados <strong>de</strong> ensaios terapêuticos têm<br />

<strong>de</strong>monstrado perfil <strong>de</strong> resposta similar ao do citomegalovírus,<br />

com <strong>de</strong>staque para o ganciclovir, consi<strong>de</strong>rado<br />

a droga <strong>de</strong> maior ativida<strong>de</strong> contra o vírus.<br />

no que se refere à prevenção, até o momento não<br />

se estabeleceu qualquer estratégia <strong>de</strong> controle.<br />

NoTiFicaÇÃo<br />

não é necessário notificar.<br />

2.8.4 ERITEMA INFECCIOSO<br />

doença infecciosa que acomete preferencialmente<br />

crianças <strong>de</strong> dois a 14 anos, sendo consi<strong>de</strong>rada<br />

a forma mais benigna do amplo espectro <strong>de</strong><br />

infecções associadas ao parvovírus humano B19,<br />

reconhecido atualmente como o agente etiológico.<br />

É também conhecido como a quinta doença<br />

ou megaleritema epidêmico, sendo <strong>de</strong> ampla<br />

ocorrência no mundo; a maioria dos casos inci<strong>de</strong><br />

ao longo <strong>de</strong> todo o ano, enquanto os surtos possuem<br />

padrão sazonal, com maior freqüência nos<br />

meses <strong>de</strong> inverno e primavera e nos países <strong>de</strong> clima<br />

temperado.<br />

Via DE TraNSMiSSÃo<br />

A via respiratória é a mais importante na fase<br />

virêmica da infecção pelo parvovírus B19, principalmente<br />

em comunida<strong>de</strong>s fechadas (creches,escolas)<br />

e entre pessoas da mesma família, on<strong>de</strong> a taxa <strong>de</strong><br />

ataque <strong>de</strong> infecção po<strong>de</strong> atingir 50% entre os susceptíveis.<br />

Entretanto, experimentos realizados em<br />

voluntários <strong>de</strong>monstraram que a erupção cutânea<br />

ocorre 17 a 18 dias após a inoculação viral, carac-<br />

no curso da infecção (fase pós virêmica) e, portanto,<br />

com mínimas chances <strong>de</strong> transmissão.<br />

PErÍoDo DE iNcUBaÇÃo<br />

Varia <strong>de</strong> quatro a 14 dias.<br />

ETioloGia<br />

O parvovírus B-19, que pertence à família<br />

QUaDro clÍNico<br />

O exantema é a apresentação clássica da infecção<br />

e em geral não se acompanha <strong>de</strong> manifestações<br />

sistêmicas. no entanto, alguns pacientes po<strong>de</strong>m<br />

referir sinais e sintomas inespecíficos (febrícula,<br />

mialgias, cefaléia, náuseas, mal-estar) prece<strong>de</strong>ndo<br />

o "rash" cutâneo, consi<strong>de</strong>rados pródromos<br />

e correspon<strong>de</strong>ntes à fase virêmica.<br />

nos casos típicos da doença o exantema inicia-se<br />

pela face sob a forma <strong>de</strong> eritema difuso,<br />

com distribuição em "vespertílio" e e<strong>de</strong>ma das<br />

bochechas (facies esbofeteada); as outras regiões<br />

da face, como o queixo e a região perioral,<br />

são poupadas. O exantema clássico da doença<br />

é do tipo maculopapular com pali<strong>de</strong>z central,<br />

característica que confere aspecto rendilhado<br />

à lesão; acomete o tronco e a face extensora<br />

dos membros, po<strong>de</strong>ndo regredir em até três<br />

semanas. no entanto, na maioria dos casos predomina<br />

o caráter recorrente, que sofre a ação<br />

<strong>de</strong> estímulos não específicos, como sol, estresse<br />

e variação brusca <strong>de</strong> temperatura ambiente. Po<strong>de</strong>m<br />

ocorrer outros tipos <strong>de</strong> exantema, como por<br />

exemplo o urticariforme, o vesicular e o purpúrico,<br />

mas o morbiliforme e o rubeoliforme são os<br />

<strong>de</strong> maior freqüência.<br />

DiaGNÓSTico laBoraTorial<br />

O diagnóstico se baseia nas características<br />

clínicas.<br />

O hemograma na fase <strong>de</strong> viremia po<strong>de</strong> revelar<br />

queda discreta nos níveis <strong>de</strong> hemoglobina e diminuição<br />

nos leucócitos <strong>de</strong> aproximadamente 50 a<br />

60% dos valores normais.<br />

TraTaMENTo E PrEVENÇÃo<br />

não há tratamento específico, sendo raros os<br />

casos que necessitam <strong>de</strong> medicação sintomática,<br />

restrita aos analgésicos, principalmente em adultos<br />

com artralgias ou mialgias.

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