À SAÚDE - Prefeitura de Vitória
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IMPORTANTE!<br />
A intensida<strong>de</strong> das manifestações clínicas é<br />
diretamente proporcional às concentrações <strong>de</strong><br />
hbS intracelular e inversamente proporcional às<br />
concentrações <strong>de</strong> hbF.<br />
92 tação. Essas crises são precipitadas por isquemia pacientes com dor e um ou mais dos fatores 93<br />
SíNDROME<br />
FALCiFORME<br />
HEMOGLOBiNAS PRESENTES HB (G/DL) HT (%)<br />
no quadro 3 se encontram as variações <strong>de</strong> síndromes<br />
falciformes mais freqüentes e o padrão <strong>de</strong><br />
quadro clínico, níveis <strong>de</strong> hb e padrão <strong>de</strong> eletroforese<br />
encontrado em cada uma <strong>de</strong>las.<br />
vCM<br />
(µ3)<br />
SEvERiDADE<br />
CLíNiCA<br />
Hb SS S: 80 a 90% F: 02 a 20% A2: < 3,5% 7,5 (6 a 9) 22 (18 a 30) 93 Mo<strong>de</strong>rada a severa<br />
Hb SC S: 45 a 55% F: 0,2 a 0,8% C: 45 a 55% 11 (9 a 14) 30 (26 a 40) 80 Leva a mo<strong>de</strong>rada<br />
Hb S ß° tal S: 50 a 85% F: 2 a 30% A2: > 3,6% 8 (7 e 10) 25 (20 a 36) 69 Leve a severa<br />
Hb S ß+ tal S: 55 a 75% F: 1 a 20% A2: > 3,6% A: 15 a 30% 11 (8 a 13) 32 (25 a 45) 76 Leve a severa<br />
Hb AS A: 55 a 60% S: 38 a 45% A2: 1 a 3% normal normal normal assintomático<br />
acoMPaNhaMENTo<br />
n avaliação clínica – medida do baço e ensinar<br />
o cuidador a medi-lo, peso, estatura, <strong>de</strong>senvolvimento<br />
neuro-psico-motor.<br />
n avaliação do cartão vacinal – além das vacinas<br />
normais para a ida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vem ser feitas<br />
vacinas especiais como antipneumocócica, antimeningocócica,<br />
influenza, varicela, hepatite<br />
A (sempre avaliar a indicação da vacina pela<br />
ida<strong>de</strong> do paciente).<br />
n avaliação laboratorial – hemograma – reticulócitos<br />
n avaliação Social<br />
n avaliação odontológica e Nutricional, se<br />
indicado<br />
n avaliação Psicoterápica<br />
n início da profilaxia para infecções com penicilina<br />
aos 4 meses e ser mantida até no mínimo<br />
5 anos <strong>de</strong> vida.<br />
Penicilina V oral:<br />
• até 3 anos – 125 mg, 2 x ao dia<br />
• acima <strong>de</strong> 3 anos- 250 mg, 2 x ao dia<br />
Penicilina Benzatina:<br />
• até 06 meses – 300.000 uI<br />
• <strong>de</strong> 06 meses a 3 anos – 600.000 uI<br />
• acima <strong>de</strong> 3 anos – 1.200.000 uI<br />
<strong>de</strong> 21 em<br />
21 dias<br />
Eritromicina: 20 mg/Kg/dia (em caso <strong>de</strong> alergia<br />
a penicilina<br />
• Ácido fólico – 5mg em dias alternados por tempo<br />
in<strong>de</strong>terminado.<br />
coNTrolES PEriÓDicoS<br />
n consultas médicas especializadas:<br />
• Até 06 meses: mensalmente<br />
• De 06 meses a 48 meses : bimensal<br />
• Após 02 anos : trimestral ou semestral<br />
n Exames laboratoriais:<br />
• Hemograma e reticulócitos a cada consulta.<br />
• Bioquímica – semestral<br />
• ferritina - anual<br />
• Sorologia – pós transfusional<br />
• Aloanticorpos eritrocitários – basal, pré e pós<br />
transfusional<br />
• EAS e EPf – semestrais<br />
n Exames Especiais:<br />
• ultrassonografia abdominal – anual nos maiores<br />
<strong>de</strong> 05 anos<br />
• Oftalmológico com fundo <strong>de</strong> olho – anual nos<br />
maiores <strong>de</strong> 10 anos<br />
• Odontológico – semestral<br />
• Cardiológico – anual, com avaliação ecocardiográfica<br />
• Pneumológico – bianual acima <strong>de</strong> 5 anos.<br />
observação – as vacinas especiais <strong>de</strong>scritas são<br />
feitas no Centro <strong>de</strong> referência <strong>de</strong> Imunobiológicos<br />
Especiais (CrIE), localizado no hospital Infantil<br />
n. Sra. da Glória em <strong>Vitória</strong>.<br />
coMPlicaÇÕES<br />
n crises <strong>de</strong> dor<br />
São as complicações mais freqüentes na do-<br />
ença falciforme e po<strong>de</strong>m ser a primeira manifes-<br />
tecidual secundária a obstrução do fluxo sanguíneo<br />
por hemácias falcizadas. Po<strong>de</strong>m durar <strong>de</strong> 4 a<br />
6 dias e po<strong>de</strong>m ser precipitadas por: hipóxia, infecção,<br />
acidose, <strong>de</strong>sidratação, exposição ao frio,<br />
<strong>de</strong>pressão e exaustão física em pacientes mais velhos.<br />
A síndrome mão – pé po<strong>de</strong> ser a primeira manifestação<br />
na infância.<br />
<strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado com fator <strong>de</strong> risco: febre,<br />
<strong>de</strong>sidratação, pali<strong>de</strong>z, vômitos recorrentes, aumento<br />
<strong>de</strong> volume articular, dor abdominal importante,<br />
sintomas neurológicos e priaprismo que não ce<strong>de</strong>m<br />
a analgésicos comuns e repouso.<br />
TraTaMENTo aMBUlaTorial Da Dor<br />
Baseia-se sempre na escala analógica da dor<br />
Devem ser imediatamente avaliados os<br />
<strong>de</strong> risco:<br />
n febre<br />
n dor abdominal<br />
n cefaléia severa<br />
n dor torácica ou sintomas respiratórios<br />
n letargia<br />
n dor associada a fraqueza ou perda <strong>de</strong> função<br />
local<br />
n e<strong>de</strong>ma articular agudo<br />
n dor sem melhora com medidas como dipirona,<br />
repouso e líquidos<br />
n dor lombar sugestiva <strong>de</strong> pielonefrite<br />
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />
n EVa 1 a 3 - dipirona <strong>de</strong> 4/4hs e suspen<strong>de</strong>r<br />
após 24 horas sem dor.<br />
n EVa 3 a 6 - dipirona <strong>de</strong> 4/4hs + diclofenaco <strong>de</strong><br />
8/8hs . Após 24 horas sem dor suspen<strong>de</strong>r o diclofenaco<br />
e manter a dipirona por mais 24hs.<br />
Se houver retorno da dor, retornar com o diclofenaco<br />
e referenciar paciente para emergência.<br />
n EVa 6 a 10 - dipirona <strong>de</strong> 4/4hs + diclofenaco<br />
<strong>de</strong> 8/8hs + co<strong>de</strong>ína <strong>de</strong> 4/4hs. Após 24 hs<br />
sem dor retirar a dipirona e manter a co<strong>de</strong>ína<br />
e diclofenaco por mais 24 horas. Se estiver<br />
sem dor nas próximas 24 hs retirar co<strong>de</strong>ína<br />
e manter o diclofenaco por mais 24hs. Se<br />
retornar a dor, referenciar paciente para emergência.<br />
n Febre<br />
As infecções constituem as principais causas <strong>de</strong><br />
morte no pacientes com doença falciforme. O risco<br />
<strong>de</strong> septicemia e/ou meningite por Streptococcus<br />
ESCALA VISUAL ANALÓGICA - EVA<br />
pneumoniae ou Haemophilus influenzae chega a<br />
ser 600 vezes maior que em outras crianças. Por<br />
isso FEBRE é um sinal <strong>de</strong> alarme, e não <strong>de</strong>ve<br />
ser negligenciada, pois po<strong>de</strong> levar a morte em<br />
poucas horas <strong>de</strong> evolução.<br />
Protocolo <strong>de</strong> febre para<br />
menores <strong>de</strong> 5 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />
durante o exame físico procurar sinais <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto<br />
respiratório, meningite, sepse, esplenomegalia,<br />
icterícia, dor óssea generalizada, dor, aci<strong>de</strong>nte<br />
vascular cerebral.<br />
Devem ser feitos os seguintes exames:<br />
n hemograma + reticulócitos<br />
n hemocultura<br />
n rX <strong>de</strong> tórax<br />
n Urocultura<br />
n Punção lombar (em menores <strong>de</strong> 1 ano ou quando<br />
houver sinais <strong>de</strong> meningite)<br />
n Coprocultura – se diarréia presente<br />
n US abdominal em caso <strong>de</strong> dor abdominal intensa