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À SAÚDE - Prefeitura de Vitória

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Suspeitar <strong>de</strong>sta etiologia em crianças maiores<br />

144 <strong>de</strong> 5 anos e adolescentes que não melhoram<br />

site frontal é rara antes dos 10 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. ção cirúrgica dos fatores predisponentes quan- 145<br />

com o tratamento inicial.<br />

n Sinais e sintomas: início com resfriado, febre<br />

prolongada ou remitente, tosse persistente<br />

com expectoração, frequente concomitância<br />

com otalgia, “rash” urticariforme ou maculopapular,<br />

eosinofilia 5%. Evolução subaguda,<br />

tanto clínica como radiológica. rX <strong>de</strong> tórax,<br />

após o 4o dia, pneumonia intersticial, padrão<br />

alveolar intersticial (não homogêneo); às<br />

vezes, pequeno <strong>de</strong>rrame pleural.<br />

n conduta: eritromicina por 10 dias.<br />

iNFEcÇÕES DE ViaS aÉrEaS<br />

SUPEriorES (iVaS)<br />

n rinofaringite Aguda<br />

n Sinusite Aguda<br />

n Faringoamigdalite Aguda Estreptocócica<br />

n Laringite Viral Aguda<br />

n Otite Média Aguda<br />

2.10.2 RINOFARINGITE AGUDA<br />

Este termo abrange quadros <strong>de</strong> resfriado comum,<br />

gripe e rinite viral aguda.<br />

Crianças menores <strong>de</strong> 5 anos po<strong>de</strong>m ter até 10<br />

episódios por ano.<br />

n Transmissão: gotículas produzidas por tosse<br />

ou espirros ou pelo contato <strong>de</strong> mãos contaminadas<br />

com a via aérea <strong>de</strong> indivíduos sadios.<br />

n contágio: significativo em comunida<strong>de</strong>s fechadas<br />

e semi-fechadas como domicílio, creches,<br />

escolas, igrejas, etc..<br />

n Período <strong>de</strong> incubação: 2 a 5 dias.<br />

n Período <strong>de</strong> contágio: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> algumas horas<br />

antes até 2 dias após o início dos sintomas.<br />

n Sinais e sintomas: dor <strong>de</strong> garganta, coriza,<br />

obstrução nasal, tosse seca, febre ausente ou<br />

<strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> variável. <strong>de</strong>terminados tipos<br />

<strong>de</strong> vírus po<strong>de</strong>m também causar diarréia.<br />

n Durante a evolução po<strong>de</strong> ocorrer: em lactentes:<br />

inquietação, choro fácil, recusa alimentar,<br />

vômitos, diarréia, alteração do sono e dificulda<strong>de</strong><br />

respiratória por obstrução nasal; em<br />

crianças maiores: cefaléia, mialgia e calafrios.<br />

n Exame físico: congestão da mucosa nasal e fa-<br />

ríngea e hiperemia <strong>de</strong> membranas timpânicas.<br />

n complicações: Sugerem a ocorrência <strong>de</strong> complicações:<br />

• Febre além <strong>de</strong> 72 horas, recorrência após<br />

este período ou prostração acentuada<br />

• Surgimento <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> respiratória (taquipnéia,<br />

retrações e gemência) indicam<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bronquiolite aguda, pneumonia<br />

ou laringite.<br />

• As complicações mais freqüentes são: otite<br />

média aguda e sinusite.<br />

• Além disso, epsódios <strong>de</strong> infecções virais são<br />

um dos fatores <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes mais importantes<br />

<strong>de</strong> asma aguda na criança, principalmente<br />

pelos vírus sincicial respiratório<br />

e rinovirus.<br />

n Diagnóstico: clínico.<br />

n Diagnóstico diferencial: manifestações iniciais<br />

<strong>de</strong> sarampo, coqueluche, infecções meningocócicas<br />

ou gonocócicas, faringite estreptocócica,<br />

hepatites e mononucleose infecciosa.<br />

Crianças com sintomas nasais repetidos ou<br />

contínuos são classificadas como portadoras<br />

<strong>de</strong> rinite. na criança pequena a causa mais comum<br />

<strong>de</strong> rinite são as infecções virais. A criança<br />

maior po<strong>de</strong> apresentar rinite alérgica.<br />

Exames complementares: <strong>de</strong>snecessários.<br />

n Tratamento: ver tabela <strong>de</strong> tratamento.<br />

n Medidas preventivas:<br />

• Lavagem das mãos e cuidado com as secreções<br />

fômites provenientes do paciente.<br />

• Prevenção primária: evitar contato <strong>de</strong> pacientes<br />

mais vulneráveis (menores <strong>de</strong> 3 meses e<br />

imuno<strong>de</strong>primidos) com pessoas infectantes<br />

• não há estudo <strong>de</strong>monstrando benefícios<br />

da vitamina C.<br />

• Vacina para o virus influenza – indicada nos<br />

pacientes com asma, doenças cardiopulmonares<br />

crônicas, hemoglobinopatias, doenças<br />

renais e metabólicas crônicas, doenças<br />

que necessitam <strong>de</strong> uso contínuo <strong>de</strong> aspirina<br />

ou imuno<strong>de</strong>ficiências.<br />

2.10.3 SINUSITE AGUDA<br />

Os seios mais frequentemente acometidos são o<br />

maxiliar e etmoidal. A etmoidite costuma aparecer<br />

após 6 meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. A infecção maxilar produz<br />

manifestações clínicas após 1 ano <strong>de</strong> vida. A sinu-<br />

n Etiologia: Streptococcus pneumoniae, o haemophilus<br />

infuenzae e a Moraxella catarrhalis.<br />

n Fatores associados: rinite alérgica, rinofaringite<br />

viral, a<strong>de</strong>noidite, obstrução do óstio sinusal<br />

por causa não viral, tabagismo (ativo e<br />

passivo), <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> septo, corpo estranho, tumores<br />

nasais, imuno<strong>de</strong>ficiências, asma e fibrose<br />

cística.<br />

n Sinais e sintomas: quadro <strong>de</strong> rinofaringite que<br />

se prolonga por 10 dias ou mais ou, após período<br />

<strong>de</strong> melhora clínica, há persistência ou retorno<br />

dos sintomas nasais (obstrução e secreção<br />

nasal purulenta).Toda secreção nasal amarela<br />

ou esver<strong>de</strong>ada não <strong>de</strong>ve ser encarada como sinônimo<br />

<strong>de</strong> sinusite bacteriana. Apenas naquela<br />

secreção que se prolonga por mais <strong>de</strong> 7 a 10<br />

dias que <strong>de</strong>ve ser suspeitado sinusite bacteriana.<br />

Po<strong>de</strong> ocorrer halitose e/ou tosse que piora<br />

com a noite. Po<strong>de</strong> haver ou não febre.<br />

n Formas mo<strong>de</strong>radas e graves: e<strong>de</strong>ma palpebral,<br />

cefaléia, prostração, <strong>de</strong>sconforto ou dor,<br />

espontâneos ou provocados, no local dos seios<br />

ou nos <strong>de</strong>ntes. A celulite periorbitária é um sinal<br />

<strong>de</strong> etmoidite.<br />

n Exame físico: no nariz po<strong>de</strong> constatar-se congestão<br />

nasal e presença <strong>de</strong> secreção purulenta<br />

no meato médio. na orofaringe po<strong>de</strong> se observar<br />

gota purulenta pós-nasal.<br />

n complicações: sinusite crônica, osteíte frontal,<br />

ostiomielite maxilar, celulite periorbitária,<br />

abcesso orbitário, meningite, trombose <strong>de</strong> seio<br />

cavernoso e sagital superior, abcesso epidural,<br />

empiema subdural e abcesso cerebral.<br />

n Diagnóstico: clínico.<br />

n Exames complementares:<br />

• hemograma: po<strong>de</strong> apresentar alterações compatíveis<br />

com infecção bacteriana aguda.<br />

• radiografia: não <strong>de</strong>ve ser feita antes dos<br />

três anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> (geralmente ocorre falso<br />

positivo) e <strong>de</strong>ve ser evitado em todas as<br />

outra ida<strong>de</strong>s (o diagnóstico é clínico).<br />

• Tomografia computadorizada: indicada na<br />

refratarieda<strong>de</strong> ao tratamento a<strong>de</strong>quado ou<br />

na suspeita <strong>de</strong> complicações.<br />

n Medidas preventivas: tratar a rinite (profila-<br />

xia), evitar tabagismo (ativo e passivo), corre-<br />

do for necessário.<br />

n Tratamento: ver tabela <strong>de</strong> tratamento.<br />

2.10.4 FARINGOAMIGDALITE<br />

ESTREPTOCÓCICA (FAE)<br />

n Etiologia: Streptococcus pyogenes do grupo A.<br />

n Sinais e sintomas: início súbito, com febre<br />

alta, dor <strong>de</strong> garganta, prostração, cefaléia, calafrios,<br />

vômitos e dor abdominal.<br />

n Exame físico: orofaringe com congestão intensa<br />

e aumento <strong>de</strong> amígdalas, presença <strong>de</strong><br />

exudato purulento e petéquias no pálato. Po<strong>de</strong><br />

haver a<strong>de</strong>nite cervical bilateral.<br />

Exantema áspero, macular e puntiforme, com<br />

sensação <strong>de</strong> “pele <strong>de</strong> galinha”, flexuras avermelhadas<br />

(sinal <strong>de</strong> Pastia), e pali<strong>de</strong>z perioral (sinal<br />

<strong>de</strong> Filatov) são características da escarlatina.<br />

n Diagnóstico clínico: congestão faríngea, aumento<br />

significativo do volume amigdaliano<br />

(com ou sem exudato), linfonodomegalia cervical<br />

dolorosa e ausência <strong>de</strong> coriza são suficientes<br />

para dar o diagnóstico <strong>de</strong> FAE.<br />

n Diagnóstico diferencial:<br />

• Faringoamigdalites virais: coriza, tosse, rouquidão,<br />

vesículas ou ulcerações na orofaringe.<br />

• Faringite por micoplasma ou clamídia: mais<br />

comum em adolescentes.<br />

• Mononucleose.<br />

• difteria.<br />

n complicações:<br />

• Abcesso <strong>de</strong> linfonodo cervical;<br />

• Abcesso periamigdaliana;<br />

• Sepse: toxemia e choque;<br />

• Choque tóxico: toxemia, hipotensão, erupção<br />

cutânea maculopapular;<br />

• Otite média aguda;<br />

• Artrite reacional não supurativa;<br />

• Febre reumática (Fr);<br />

• Glomerulonefrite estreptococica (GndA).<br />

n Exames complementares: dispensáveis para<br />

o diagnóstico <strong>de</strong> FAE sem complicações.<br />

n Tratamento: Ver tabela <strong>de</strong> tratamento.<br />

n Medidas preventivas:

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